Hoje foi o primeiro domingo de quarentena. Muito ruim ficar longo dos amigos; reunir para tomar um bom vinho, bater papo. Demorará um bocado para sairmos de nossas tocas e nos confraternizarmos novamente; teremos que ter muita resiliência.
Começa a aparecer notícias de violência doméstica. Um roteirista da Globo cometeu suicídio; tinha depressão. Essas estórias serão comuns. O governo tem que pensar nisso também; organizar uma reação a estas externalidades do confinamento.
Tudo isso se agrava com a suspensão de missas e cultos. Os neopagãos acham que isso é besteira, que dá perfeitamente para viver sem. Não conseguem compreender o efeito que a prática religiosa tem em muita gente para acalmar e nos fazer controlar nossos demônios. Para muitos é o culto que os afasta da violência, da bebida, das drogas. A ausência destes momentos tem um efeito devastador para eles. E para suas vítimas.
Estamos vivendo um longo sábado santo. Aquele que Deus desceu à mansão dos mortos e ficamos sós, na amargura da ausência. Nossa esperança é que a ressurreição veio e como os viajantes para Emaús descobriremos que o Cristo esteve sempre entre nós.
Mais do que nunca, a humanidade precisa do Cristo.