Terminei de reler os 12 contos de A Sabedoria do Padre Brown, segundo livro que Chesterton escreveu sobre seu simpático padre-detetive. No fundo, o que ele faz é ligar o céu e a terra através da ligação entre os mistérios divinos e humanos.
Divido com o leitor alguns trechos:
O homem que escreveu este bilhete conhecia todos os fatos. Não poderia tê-los confundido sem conhecê-los. É preciso conhecer muitas coisas para se errar em tudo… como o demônio.
O senhor sempre se esquece de que a máquina de confiança tem sempre de ser operada por uma máquina que não é digna de confiança. (…) Refiro-e ao homem, a máquina menos digna de confiança que conheço.
__ Então __ rosnou o detetive __ esse grande numismata e colecionador de moedas não passava de um avarento vulgar.__ E há tão grande diferença entre as duas coisas? __ perguntou o padre Brown, no mesmo tom estranho e indulgente.__ Quais são os defeitos de um avarento que não se encontram frequentemente num colecionador? Pouca coisa a não ser… ” não farás para ti qualquer imagem; não te curvarás diante delas nem as servirás poi Eu…” bem, precisamos ir ver como estão passando os jovens.
Conheço seu nome, chama-se Satanás. O verdadeiro Deus se fez carne e habitou entre nós. E lhe assegura, onde quer que encontre homens dominados inteiramente pelo mistério é da iniquidade. Se o demônio lhe diz que uma coisa é horrorosa demais de se ver, olhe para ela. Se diz que alguma coisa é horrível de se ouvir, ouça-a. Se diz que alguma coisa é insuportável, suporte-a.
Pois nós, seres humanos, nos acostumamos com coisas irregulares; acostumamo-nos com o estardalhaço do inconveniente; é uma melodia com que adormecemos. Se acontece uma coisa apropriada, ela nos desperta como o retino agudo de um acorde perfeito.