Colin “Copérnico” vinha de duas temporadas medonhas quando resolveu iniciar seu protesto. Depois de duas temporadas fantásticas, com um superbowl e uma final de conferência perdidas no detalhe, todas por uma bola, ele caiu absurdamente. Pessoalmente acho que foi o mesmo que aconteceu com outros QB que tinham o forte no jogo corrido. Os times aprenderam a anular as infiltrações e evidenciaram suas limitações no que deve ser a melhor qualidade de sua posição: o lançamento. Não é o primeiro que isso aconteceu, nem será o último. Essa tática não funciona contra Russell Wilson, por exemplo, porque este é capaz de lançar e muito bem.
Ou seja, era um jogador que tinha chegado em uma barreira. Pergunto-me se teria feito o que fez se ainda estivesse no topo. Não temos como saber. O fato é que não trocou o sucesso por um ideal, como a Nike tenta vender com sua propaganda, obra de marqueteiros cada vez mais ideológicos, mas de alguém frustrado que encontrou no lacre uma forma de se manter em evidência.
A Nike tem todo o direito de fazer sua aposta, mas o consumidor também tem todo o direito de fazer sua escolha e boicotar a marca. Lacre, nos dias de hoje, tem consequências. Ainda bem. O mundo fica melhor quando a pele está em jogo.