Comecei a ver a famosa trilogia Silêncio, de Ingmar Bergman. Esta semana assisti Através de um Espelho (1961), o primeiro. Minhas primeiras notas:
- Que atriz era a Bibi Andersen!
- Da mesma forma que Deus não responde, Papa também não conversa com Minus. A última frase de Minus no filme talvez seja a expressão do milagre. O menino fica literalmente iluminado.
- Pobre Martim. Ama realmente a esposa, mas não sabe o que fazer. A tragédia do homem comum, que é afastado por quem ama.
- Não entendi a imagem de Deus como uma aranha. Dizem que isso se explica no segundo filme. Veremos.
- Que diálogo entre Martim e Papa. O escritor se afastou de todos que ama, criando um vazio em suas vidas. Acho que é o próprio Bergman aí.
- Minus é explosão de energia, aprisionado.
- O escritor que busca algo pessoal para tratar. E encontra no sofrimento da filha.
- Os quatro personagens parecem viver esperando um sinal da presença divina, mas são incapazes para se abrir para esta experiência. A ilha no meio do nada é a metáfora para uma existência sem Deus.
- Eles jogam a rede, mas nada pescam.
- Não se encontra o amor sem se arriscar. É a mensagem da peça dentro do filme.