1
Neymar divide opiniões. No Brasil. Fora não há divisão nenhuma; ganhou antipatia de todos. Estou vendo isso aqui em Bogotá.
2
Jogou bem as duas últimas partidas. Está numa crescente, com tudo para arrebentar nos jogos finais. Se quer conseguir cartões e faltas, tem que rolar menos. Atuação exagerada macula.
3
“Essa é a Bélgica? Ganhamos fácil”. Em copa, cada jogo é uma estória. Tem time bom que só aparece na hora certa. Na última copa a Alemanha penou para passar pela Argélia e empatou na primeira fase com Gana. Fácil esquecer isso depois do título.
4
Bélgica virou dois gols no segundo tempo de um jogo eliminatório. Não é pouca coisa. Se fosse Brasil, estaríamos exaltando um feito.
5
Somos acostumados a pensar no Brasil como a equipe a ser batida. Não aprendemos nada.
6
A última vez que o Brasil teve uma equipe claramente superior em uma Copa foi em 2006. E perdemos contra uma França que jogou taticamente perfeita. Bem fechada, em função da genialidade da dupla Zidane-Henry. Hoje somos mais esta França que aquele Brasil.
7
Sempre achei chato o estilo espanhol, mesmo quando dava certo. Agora que aprenderam a lidar com ele, continua chato e não funciona.
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Nos anos 1990 parecia claro que a África estava perto de chegar longe em uma Copa. Enganamo-nos todos. Perderam o que tinham de bom (velocidade, força física, ousadia) e se tornaram cópias inferiores dos Europeus. Curiosamente a Ásia cresceu e não tem feito feio nas Copas, especialmente Coréia do Sul e Japão.
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O que raios fazem tantos times da América Central na Copa? Honduras, Panamá e Costa Rica. Dois três, só cabia vaga para um.
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48 países na próxima copa? Grupos de três? Claro que dá pare entender a equação política (cada novo aumento implica em votos para permanecer no poder). Havelange fez isso em 1982 (24), Blatter em 1998 (32). Esse último número é perfeitamente defensável. 48 é uma aberração.