Em 1992, o presidente Collor iniciou seu calvário. Acusado de corrupção, junto com seu tesoureiro Paulo César Farias, foi aberto um processo de Impeachment. Na época Collor e Farias criaram expressões novas para se defenderem. Segundo PC não era corrupção mas “recursos não contabilizados”, “sobras de campanha”. Curioso que Delúbio Soares utilizou a mesma expressão ano passado em seu depoimento(?) à CPI.
Collor acusou as oposições de irem contra a vontade do povo. De forçarem um “terceiro turno”.
Não é que agora os petistas estão novamente utilizando a mesma expressão?
Outro dia li em alguma coluna um pensamento no mínimo curioso. Dizia, o autor, “diante desta gente aquele rapaz de Alagoas não passava de um amador…”
Pois o governo já prepara a reação para evitar processo semelhante. E em cima dos erros de Collor.
O senador Pedro Simon disse ano passado na CPI: “Uma coisa tenho que admitir naquele processo. O presidente Collor colocou-nos inteiramente à disposição a PF e a Receita Federal. Tudo que quizemos investigar foi possível, com colaboração irrestrita.” Pois o governo tem Márcio Thomaz Bastos para garantir a “Operação Tartaruga” e que a investigação não chegue na campanha do presidente.
Collor teve contra ele as manifestações organizadas principalmente pela UNE. Lula não corre este risco, tem liberado milhões para manter a organização quietinha, como em todo regime socialista que se preze. Só levantaram a voz nesta eleição para criticar a privatização de FHC. Sobre corrupção nada. Curiosos valores não?
Em resumo, se no início Lula se espelhou em FHC, agora não deixa mais dúvidas no governo de quem está buscando sua inspiração. É Lulla de novo, com a força do povo!
E o Brasil que apodreça em tanta mediocridade!