3º Debate: Sem Pudor

Alckmin saiu-se bem melhor que o dabate anterior. Deixou de lado aquele tecnicismo inútil e tentar parecer igual ao Lula e foi mais duro com o presidente. Que como sempre se enrolou em perguntas sobre corrupção e não teve nenhum pudor de espalhar mentiras, o que só comprova o que disse FHC ontém. É a tática de Goebbels __ ministro de propaganda nazista __ de repetir a mentira inúmeras vezes até que cole.
Disse, por exemplo, que este é o governo que tudo é investigado. Que nunca a Polícia Federal foi tão atuante, etc. Esqueceu de dizer que todos os escândalos foram iniciados por denúncias à imprensa, o tudo foi feito para dificultar as investigações. Basta lembrar que foi ao STF para impedir a quebra do sigilo do amigo Okamoto. O que teria neste sigilo que não poderia ser mostrado? As prisões do dossiê só aconteceram porque o delegado de plantão assumiu a respondabilidade de não deixar passar o flagrante __ o que aparentemente está sepultando sua carreira. Teria tido prisão se pedisse autorização para a operação?
Outra mentira deslavada foi sobre os cartões coorporativos. Disse que os dados estavam no SIAFI. Mentira. 95% das contas estão sobre a rúbrica de sigilo de estado. Mas se sabe que existem vultuosos saques em espécie. Tem um de quase um milhão de reais. O que um funcionário do seu gabinete fez com uma grana destas em dinheiro vivo só podemos supor. E nenhuma suposição boa.
Enrolou-se visivelmente no aeroporto de Congonhas. Disse que a obra não tinha sido paga. Mentira. Foi paga. O TCU só investiga obra com prestação de contas.
Foi irônico sobre a privatização da Petrobrás. Sim, confirmou que havia dito que Alckmin privatizaria a empresa __ o que é uma deslavada mentira __ e ainda emendeou: o adversário que aproveite a oportunidade para desmentir. Não é uma generosidade?
Lula teve sim dois bons momentos. O primeiro quando concedeu mais 30 segundos ao adversário. Aprendeu com Covas em seus confrontos com Maluf. E quando, numa idéia que beira à imbecilidade, Alckmin resolveu perguntar sobre o Nordeste. Foi a deixa para um festival infinito de demagofia barata que lhe cai tão bem.
O grande momento de Alckmin foi na pergunta sobre corte de gastos. Foi seco: primeiro na corrupção. E melhor ainda quando Lula tentou mostrar intimidade e rechaçou para um presidente amuado: não conte comigo para compactuar com a impunidade.
Se o eleitor verá da mesma forma?
Não sei, e nem posso saber.
Mas que Alckmin foi melhor ontém, isso foi.

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