A hipocrisia da velha mídia

Volta e meia a velha mídia resolve abrir espaço para os dissonantes, o que eles chamam de direita, mas que poderiam ser chamados simplesmente de pessoas com alguma capacidade de enxergar além das aparências, gostemos ou não do que têm a dizer.  Fico até imaginando aquele jornalistão progressista pensando “como sou magnâmico, vou dar uma coluna para esse maluco e deixar ele se enforcar sozinho”. 

O que eles nunca esperam é que o maluco vai ser ouvido, como aconteceu como o Olavo nos anos 2000, que falou do Foro de São Paulo insistentemente no Globo, e mais recentemente na Veja (Hasserlman e Constantino) e na Jovem Pan (Tognoli). Não significa que sejam de direita ou que estejam certos, mas cometem o crime de falar o que os donos das redações não gostam de escutar e, pior, encontram platéia. A coisa é tão surreal que esses considerados malucos são vítimas do próprio sucesso. Sendo ainda mais claro: eles recebem espaço para fracassarem e não para darem certo. É espantoso! 

Quando eu vi a Hasserlman entrevistando o Olavo de Carvalho na TVeja, tive o sentimento que a loira não duraria muito. Curiosamente Tognoli perde o emprego logo após colocar o Delcídio no ar, falando de toda sujeira do poder. Raquel Sheherazade só sobreviveu porque se calou, até mesmo no twitter. Só é permitido o sucesso se replicar a ideologia esquerdo-progressista, essa é a lição.

Essa é a noção de liberdade da velha mídia, a liberdade de concordar comigo. Quer falar diferente? Até pode, mas desde que ninguém escute ou que seja ridicularizado. O que não pode é ser levado a sério.

Raça de hipócritas.

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