Legal e social

O MPF, ao formular os pedidos de prisão preventiva e temporária dos investigados, assim como os de busca e apreensão, agiu no exercício de sua estrita responsabilidade legal e social, analisando tanto o conteúdo das provas materiais já constantes dos autos – e que apontam para a efetiva prática de crimes financeiros e de lavagem de dinheiro – como os pressupostos processuais legais que autorizaram as medidas constritivas adotadas pelo Juízo Federal de primeiro grau, inclusive as ordens de prisão cautelar;

Assim se pronunciou a procuradora Karen Louise. Duas evidências de um esquerdopata em ação. O primeiro é o fato da procuradora falar em nome de todo o ministério público. O segundo é a palavra social entre as responsabilidades do MP.

O socialista costuma falar em nome de um ente abstrato. Geralmente é o povo. Ninguém mais do que ele sabe o que o povo pensa e sente, embora qualquer pesquisa mostre que os ideais do povo real são bem diferentes do povo de um socialista. Não faz muito tempo Protógenes falava em nome do povo brasileiro, como se tivéssemos dado a ele procuração para tal. Do mesmo modo que Karen não fala em nome do ministério público. Por que eles não falam em nome de si mesmos? Por que precisam tanto de uma entidade qualquer para justificar suas palavras?

Vejam que Karen fala em nome de responsabilidade legal e social. Aprendi a desconfiar sempre que leio ou escuto a palavra “social”. A justiça existe para administrar as leis que são aprovadas pelo legislativo; cabe a este especular sobre elas, ao judiciário cabe fazê-la cumprir e, principalmente, defendê-las, concorde a procuradora ou não. Não existe, para um juiz ou procurador, diferença entre legal e social pois o social JÁ ESTÁ NA LEI. Cumpra-se a lei e teremos um mundo mais justo, inclusive em termos sociais. A lei não está perfeita, permite distorções? Cabe ao legislativo aperfeiçoá-las. Nunca ao judiciário. Quem faz as leis não pode aplicá-las e vice-versa. Esta no bê a bá da democracia.

A nota ridícula da procuradora mostra um pouco da infiltração socialista no judiciário que hoje parece cada vez mais rachado entre legalistas e o tal “direito achado na rua”, esta tentação totalitária de juízes e procuradores de se colocarem além do bem e do mal e querem ser mais do que realmente são.

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