Mais alguém que acha que o papa está certo e surpreza: é um especialista!

Já ouviram falar de Edward Green? Eu nunca. Vejam suas credenciais: é diretor do projeto de pesquisa em prevenção da AIDS em Harvard com nada menos do que 30 anos de experiência em países em desenvolvimento no combate à doença, especialmente na África. Ele concedeu uma entrevista, ignorado na imprensa brasileira, ao site ilsussidiario.net. Falou sobre a polêmica do discurso do papa sobre a camisinha na prevenção da AIDs. Em resumo, disse o seguinte:

  1. Como liberal em questões sociais era difícil para ele admitir, mas o papa está certo. As evidências mostram que camisinhas não funcionam para reduzir a infecção da doença na África.
  2. O que se observou agora é uma associação de uma elevada utilização de camisinhas com altos índices de contaminação do HIV. Em parte deve-se ao efeito de compensação. O homem ao usar camisinha sente-se mais seguro do que realmente estão em relação à infecção e assumem maiores riscos. As pessoas não usam camisinha com seus parceiros regulares e sim no sexo casual.
  3. Os países da África com maior acesso a camisinhas e maior taxa de utilização são os que possuem maior grau de infecção de AIDS. O que não prova a casualidade, mas que deveria levantar suspeita sobre os programas baseados na utilização de camisinhas.
  4. Existem 8 países africanos com queda nos índices de AIDS. Em todos eles foi observado uma diminuição no número de parceiros sexuais antes da queda dos índices.
  5. A abstinência sexual na juventude é sim um fator de redução da AIDS.
  6. A redução dos parceiros sexuais é a medida mais efetiva para combater a AIDS.
  7. A política ABC é uma realidade e funciona. Em sua opinião o segundo fator (Be faitfull, seja fiel) é o mais importante de todos, seguido da abstinência e por fim a utilização de preservativos.

A entrevista pode ser conferida aqui.

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