Economia em tempos de Obama

Uma das coisas que estou aprendendo em meus estudos de economia é que impostos encolhem o mercado. Essa é uma verdade que não é suficientemente dita, embora tenhamos uma vaga noção dela. Se o governo deseja limitar a poluição, por exemplo, uma medida é taxar fortemente a gasolina. Com o tempo, o consumidor dará preferência a carros econômicos, álcool ou mesmo o transporte público. Uma das medidas que os governos usam contra o cigarro é a taxação. O mesmo vale para o pão, material escolar, etc. Quando se taxa um produto, ele aumenta seu preço e menos pessoas estão dispostas a pagar por ele.

Ao mesmo tempo, é uma constatação que o estado sempre aumenta seu poder tem tempo de crise. Principalmente pelo medo que se espalha na sociedade. Medo de perder o emprego, perder a aposentadoria, das pessoas pararem de comprar. Em tempos de pânico, indivíduos e empresas olham para o estado como uma espécie de salvador. O que não percebem é que o estado muitas vezes é parte do problema.

Juntando estas duas constatações, temos o pacotaço do Obama. Um trilhão de reais para estímulo da economia. Redução de impostos? Ao contrário, eles aumentam. O que o governo americano pretende é tirar dinheiro da sociedade para ele próprio estimular a economia.

Ninguém conseguiu ainda ler todo o pacote (tem mais de mil páginas, cheias de tecnicidades), que foi aprovado assim, como se os Estados Unidos fossem uma república bananeira qualquer. O que se conseguiu perceber, é que no meio do pacote, existe uma grande previsão de gastos sociais puro e simples; trata-se de uma autorização para implementação de políticas sociais dos democratas sob uma roupagem de incentivar o consumo. O pacote corresponde ao aumento do tamanho do estado e seu poder sobre os indivíduos. Com o apoio dos chamados “republicanos reformistas”.

Estas idéias não deram certo na década de 30 quando Roosevelt implantou o New Deal, embora tenha sido bastante popular. Nem no governo Johnson, nem em 1979, e muito menos agora. Nenhum governo substitui a capacidade da sociedade em estimular sua economia. O melhor estímulo agora seria mais dinheiro nas mãos dos consumidores, o que  seria possível com redução de impostos.

O presidente Obama solicitou autorização do Congresso para aumentar a dívida pública para 1,7 trilhões. Surgiu assim o “ato de responsabilidade”. Não sei o que pode ter de responsável em se gastar mais do que arrecada (leiam 1984, novilíngua!). Deveria se chamar lei da irresponsabilidade.

Uma coisa parece certa, o governo vai aumentar e o indivíduo vai encolher. Os competentes terão que pagar pelos incompetentes, e as gerações futuras terão uma pesada herança para lidar. É questão de tempo.

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