Do blog do Josias de Souza:

Há 15 dias, a PF realizou batida na Abin. Recolheu, no centro de operações da Agência no Rio, um furgão e computadores.

Busca-se elucidar suspeitas de que espiões da Abin teriam cometido ilegalidades no âmbito da Operação Satiagraha.

Superior hierárquico da Abin, o general Jorge Félix, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional ficou tiririca.

Deve-se aos repórteres Felipe Seligman e Lucas Ferraz a descoberta de uma carta na qual o general expressa, em timbre ácido, sua insatisfação.

Endereçou-a ao ministro Tarso Genro (Justiça), mandachuva da PF. Escreveu que a investida policial “causou profunda estranheza” e “indignação”.

Mais: o general anotou que operação de busca e apreensão “desmoraliza” a Abin junto a países com os quais a agência mantém acordos de cooperação.

Comento:

O General está enganado. A própria ABIN se desmoralizou ao permitir que seus agentes trabalhassem para a PF em uma investigação comum. Não é possível que 84 agentes sejam desvidados de suas funções, sob comando de um delegado de polícia, para atender interesses políticos no interior do governo.

Diante do absurdo, o papel de Félix deveria ser um só: responsabilizar quem deve ser responsabilizado. Quem permitiu a colaboração? Quem foi que autorizou? Se não possui condições políticas para isso deveria se afastar do cargo.

Como um serviço e inteligência de outro país pode confiar no brasileiro nestas condições? Eles devem estar muito preocupados com todas as informações que já passaram para a ABIN; no governo petista, não existe sigilo, nem mesmo onde supostamente deveriam ser mais seguras.

A operação de busca e apreensão foi uma conseqüência de um erro monumental. Ao invés de cobrar de Tarso Genro deveria estar cortando as cabeças podres que desmoralizaram a inteligência brasileiras; e estas cabeças estão no coração da próprias instituição.

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