Site G1:
BRASÍLIA e SALVADOR – A ficha de inscrição para o próximo vestibular da Universidade Federal da Bahia (UFBA) pede aos candidatos que indiquem a sua etnia e oferece uma série de opções para os estudantes, mas não cita a raça branca. Quem se considera branco, portanto, deve marcar a categoria “outras”. As demais opções listadas no formulário são: “preto”, “pardo”, “índio descendente”, “aldeado” (no caso de índios que vivem em aldeias) e “quilombolas”.
(…)
A falta de uma opção específica para candidatos brancos surpreendeu frei David Santos, fundador da Educafro, rede de cursos pré-vestibulares para negros e pobres.
Para ele, no entanto, a omissão serve para que os candidatos brancos sintam na pele a exclusão a que pretos e pardos são submetidos no país:
– Inconsciente ou conscientemente, a universidade está levando quem é euro-descendente a fazer a experiência de não se ver refletido, a exemplo do que sofre e sofreu a comunidade indígena e negra em vários setores da sociedade brasileira.
Comento:
Dizer o que? Isso é só o começo, vai piorar muito. O “frei” deixa bem claro o pensamento desta gente. Os negros e pardos são excluídos, é preciso que os brancos também sintam a exclusão. Tudo isso só faz criar no Brasil algo que não existia até aqui, a divisão racial. Seremos um país melhor por causa disso? Eu duvido. Ao invés de celebrar o que temos em comum vamos ressaltar as diferenças e nos dividir em categorias. Vamos nos transformar em tudo que estes movimentos nos acusam de ser. Sobre as políticas raciais, que na verdade são racistas por natureza, lembro um trecho de Stephen King em um livro que li há algum tempo:
Foi ruim até que ponto? Foi ruim desde o começo e se tornou rapidamente pior.