Na discussão sobre o petróleo a ser extraído do pré-sal duas vertentes têm se destacado.
A primeira é usar os recursos do pré-sal para investir na educação e na saúde como defende o presidente da república. O problema é que a inundação do mercado de dóllares levaria à inevitável queda da cotação da moeda, o que provocaria um enorme prejuízo para as exportações brasileiras. O mesmo vale para a simples venda do petróleo pela Petrobrás ou a nova estatal com a apropriação dos lucros pelo governo ou mesmo para a empresa.
A segunda é a exportação do petróleo com a aplicação dos dóllares nos fundos internacionais para evitar a nacionalização dos lucros e preservar a economia de uma queda acentuada da moeda americana.
Stephen Kanitz apresenta na Vesta desta semana uma terceira opção. Simplesmente não exportar o petróleo, usar o recurso natural para o próprio consumo do país. Lembra que a falta de petróleo é eminante no mundo para um futuro próximo e neste sentido preservá-lo pode valer muito mais a pena do que negociá-lo. Pode acontecer de quando precisar o Brasil ter que pagar muito caro para obtê-lo.
Kanitz lembra que o Estados Unidos tem procurado preservar o seu e comprar dos árabes a um preço inferior ao que poderá alcaçar o ouro preto no futuro. O México vendeu suas reservas e praticamente esgotou sua fonte ficando na dependência da importação para contunar seu desenvolvimento econômico.
É bom o Brasil se preparar se quiser preservar suas reservas para as futuras gerações. Em caso de falta de petróleo no mundo terá que proteger o seu e com as forças armadas que tem será muito difícil. Delírio? Esperem o dia que faltar e veremos o tamanho deste delírio.