Todos os recortes são da Folha:
O sub-relator da CPI dos Cartões Corporativos, deputado Índio da Costa (DEM-RJ), acusou ontem a Presidência da República de pagar conta de internet de um filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O registro aparece entre as despesas da Casa Civil que foram encaminhados à CPI e indica pagamento ao provedor Universo Online Ltda. O boleto está em nome de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha.
Fica difícil explicar este pagamento para um ex-zelador de jardim zoológico que ficou milionário da noite para o dia com a ascensão da nova classe ao poder. Argumentam que o valor é irrisório, mas esta não é a questão. Que outras contas estariam sendo pagas com o erário? Quais outros parentes teriam estes benefícios? E o próprio presidente? Mas não poderemos saber não é mesmo? Afinal, estes gastos são sigilosos. Imagine o que o Talibã poderia fazer com uma informação destas! Em tempo, não usei as FARCs neste exemplo por absoluta falta de sentido já que o petismo e os narco-traficantes são aliados na guerra contra o grande satã.
Depois de quase seis horas de batalha regimental com a oposição, a base do governo no Congresso decidiu adiar para a próxima semana a votação do projeto que cria a nova versão da CPMF, batizada de CSS (Contribuição Social para a Saúde). O texto nem chegou a ser apresentado ontem.
Parece que o problema foi um pouco maior do que a oposição. O governo não tinha a certeza de conseguir os votos necessários. Como sempre os deputados da base governistas cobrarão caro pelo voto, ainda mais em um ano de eleição. Acho que falta “negociar” mas um pouco.
O planalto joga com possibilidade dupla de vitória. Se vencer, ganhará um novo recurso o que sempre é bom. Se perder, jogará nas costas da oposição a derrota do aumento do aumento dos recursos para saúde já que em uma estratégia brilhante, evitando a necessidade do veto presidencial que poderia ser desgastante, o governo condicionou os 20 bilhões a mais com a criação do tributo.
A Câmara dos Deputados aprovou na noite de ontem, por 359 votos a 10, o segundo turno da emenda à Constituição que aumenta em 14,6% o número de vereadores do país, o que significa 7.554 cadeiras a mais.
A proposta, que segue para votação em dois turnos no Senado, é fruto da pressão de vereadores, que sofreram um corte de 8.481 vagas em 2004 devido a resolução do Tribunal Superior Eleitoral que redefiniu o tamanho das Câmaras em relação aos habitantes.
Legislar em causa própria é isto, o resto é brincadeira. 7000 vereadores a mais! Estamos feitos. Agora que nossa eficiência legislativa vai decolar…