No início do ano, o governo incluiu uma série de exames obrigatórios que deveriam ser cobertos pelos planos de saúde. Na época argumentei com meu cunhado, que aplaudiu a medida, que estes custos seriam passados para os consumidores. Ele disse que não, pois o governo havia estabelecido um limite para o reajuste.
Aqui no Brasil esquecem de uma lei básica da economia: não existe almoço grátis.
A Veja mostrou na última edição os efeitos que esta “bondade” do governo, com dinheiro alheio, provocou.
- Elevaram substancialmente o preço dos novos contratos;
- Muitas empresas abandonaram os planos individuais e passaram para o segmento empresarial.
É fácil legislar e estabelecer regras com o dinheiro privado, rende uma boa propaganda mas quem acaba pagando o pato é o consumidor.
Hoje somos obrigados a pagar 16 reais para assistir um filme para financiar a bondade com os estudantes, fato agravado pela atuação da UNE que libera carteiras sem qualquer controle. Se o governo ou a nação acha importante que o estudante tenha meia entrada que financie, pagando ao cinema a metade restante. Duvido que se a questão fosse colocada as claras o brasileiro concordaria. Fica difícil ver um assalariado pagando inteira e um universitário com uma Pajero pagando meia para assistir o filme do Homem de Ferro.
A quantidade de gente que acha que estas bondades serão tiradas do lucro da empresa é espantosa. Estão sempre dizendo que lucram demais. Gostaria de ver os valentes arriscando seu patrimônio para colocar um negócio destes adiante. Infelizmente ainda estamos presos em antigos preceitos marxistas que perduram em nossa cultura.
No que se refere à saúde quem tinha plano foi beneficiado, que não tinha ficou bem mais difícil ter. É o custo da ilusão dos governos. Vale a máxima de Reagan apontando sua tirada sobre a frase mais assustadora da língua inglesa (também serve para o Brasil):
Oi, eu sou do governo e estou aqui para te ajudar.
Infelizmente tem gente que acredita nesse (des)governo. E, muitas vezes, pessoas aparentemente bem informadas.
Acontece que chegamos a um estágio tal de propaganda governista que, a maioria das pessoas acreditam piamente no que vêem e lêem, sem aplicar qualquer filtro ou buscar qualquer confirmação.