Notícias no Brasil

Crise dos Alimentos

Folha:

Goldemberg descarta com outro dado objetivo: a agricultura de todos os países juntos se espalha por 12 milhões de km2 do planeta, mas só 100 mil km2 são destinados a biocombustíveis nos EUA e no Brasil. Ou seja, os “críticos perderam completamente o senso de proporção”.

José Goldemberg é um físico brasileiro respeitado mundialmente por seus trabalhos na área de energia renovável. Ele não nega, portanto, que haja substituição do cultivo de alimentos por biocombustível, apenas que a proporção é muito menor do que se prega. Seu impacto seria, na verdade, ainda irrelevante. É mais um dado para entender a questão dos alimentos.

Caso Isabella

Folha:

O integrante do Supremo critica a atitude das autoridades policiais e do Ministério Público no caso. “Polícia e promotoria alimentaram o espetáculo, firmaram uma convicção e divulgaram desde o início dados para comprovar sua tese.”
O ministro sintetiza seu sentimento com a seguinte frase: “Parece que decidiram massacrar a monstruosidade com outra monstruosidade. Pior, aqueles que deveriam zelar pelo Estado de Direito incentivaram o sentimento de Justiça com as próprias mãos”.

Trata-se daquelas famosas opiniões em off de autoridades. O ministro, seja lá quem for, está correto. Existe uma campanha de demonização da cobertura que a imprensa tem feito do caso Isabella, mas pouco li sobre o papel das autoridades policiais e judiciárias. Este problema não é de hoje, nem restrito ao Brasil. Os principais responsáveis são os promotores que buscam os holofotes atrás de auto-promoção. O que deveria fazer a imprensa? Ignorá-los? Deixar de noticiar a posição dos investigadores do caso? Antes de condená-los é bom lembrar que o caso é sim de interesse nacional, pode até não ser meu, mas é da maioria dos brasileiros.

ONGs na Amazônia

O Globo:
O sertanista Sydney Possuelo, que presidiu a Funai entre 1991 e 1993, critica a proliferação de ONGs em terras indígenas. Ele defende o fortalecimento da Funai e considera contraditório que o governo restrinja a liberação de recursos para o órgão enquanto financia ONGs.

– O Estado deve estar presente nas terras indígenas através de uma Funai forte e com poder de polícia, mas faltam recursos e pessoal – critica.

Para Possuelo, as ONGs só deveriam atuar em programas complementares de saúde e educação, e sob controle da Funai. Nunca em atividades como a demarcação de terras. Ele foi demitido da Funai em 2006 e depois criou uma ONG, que será desativada no fim do ano.

Eu entendi errado ou este cara condena as ONGs e depois de demitido da FUNAI fundou uma… ONG? Ou seja, ONG boa é a minha! Na verdade a FUNAI está na raiz do problema que se transformou a questão indígena do país, é a maior incentivadora da segregação, que não interessa à maioria dos indígenas. São muitos interesses, boa parte escusos, na questão. Parece que está se começando a discutir com um pouco mais de realismo este problema.

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