Mais sobre alimentos

Ainda tentando entender a alto do preço dos alimentos e suas conseqüências, o site Mídia Sem Máscara apresenta um artigo de João Luiz Mauad apontando a relação do ambientalismo com o preço dos commodities agrícolas.

Ano passado o IPCC (leia-se ONU) apresentou um relatório que enfatizava a necessidade de se substituir os combustíveis fósseis pelo etanol. Governos, principalmente o americano, passaram a conceder subsídios para a produção do etanol, principalmente a partir do milho.

Mauad lembra a mais básica lei da economia, o sentido de sua própria existência que é solenemente ignorado. Os recursos são escassos. A economia trata da utilização destes recursos para atender a demandas infinitamente superiores. Quando se planta milho para produzir combustíveis, deixa de plantar para produzir alimentos. Até Fidel Castro entendeu a implicação da cruzada pelo etanol.

Alguns dados apresentados por Mauad:

Demanda de Milho para produção de etanol nos EUA:
Safra                 Demanda (milhões ton)
2005/06                    40,7
2006/07                    53,8
2007/08                    81,3
2008/09                    104

Fonte: Departamento de Agricultura dos EUA

No período de 4 anos a destinação do milho para produção do Etanol mais que duplicou. Por isso na semana passada um dos burocratas da ONU afirmou que a produção do Etanol era um “crime contra a humanidade”. No fundo a ONU quer que esqueçamos que foi ela própria que incentivou esta pantomina.

Segundo Mauad a alta do preço dos alimentos tem duas virtudes:

1. Tornará a produção de grãos para o consumo novamente atrativa, o que provocará o equilíbrio entre oferta e demanda.

2. Fará aumentar o investimento na produção e comercialização de grãos para o consumo, contribuindo para o equilíbrio a médio prazo.

Conclui:

Como se vê, quem melhor sabe o que produzir, como produzir, quanto produzir e como produzir – da forma mais eficiente – é o produtor, guiado pelo infalível mecanismo de preços livres do mercado, que por sua vez é comandado pelas demandas dos consumidores. Se os políticos e os burocratas deixassem a sua arrogância e “sapiência” de lado e entendessem isso, o mundo economizaria bilhões, jogados fora todo ano, graças às nefastas intervenções dos governos (aí incluída a maldita ONU) nesse processo.

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