Entrada da PF

A Polícia Federal vai investigar o vazamento de trechos de um dossiê com dados sobre as despesas da família de Fernando Henrique Cardoso produzido na Casa Civil em fevereiro. A confecção do dossiê não é, inicialmente, alvo da apuração.
As informações sobre FHC, Ruth e ministros tucanos foram coletadas por servidores sob o comando de Erenice Guerra, braço direito da ministra Dilma Rousseff. (Folha)

É claro que o discurso de Tarso Genro é delinqüente. Diz ele que a PF deve investigar apenas delitos e a criação do dossiê é uma “situação política”. Não é. Seria se tivesse sido construído por dados públicos, disponíveis a todos, mas não foi assim. O dossiê foi montado por dados sigilisos coletados por funcionários públicos. É crime sim.

É características da esquerda dizer uma coisa quando é exatamente o oposto. Genro disse que “graças a Deus” __ impressionante como esta gente usa Deus nas suas lambanças __ a Polícia Federal não é uma polícia política. Pois se tiver sua investigação restrita, com o único objetivo de descobrir uma fonte, é sim.

Mas é melhor a PF, mesmo que restrita, no caso do que sem ela. Tudo porque uma investigação não se sabe quanto termina e pode acabar fugindo ao controle, como aconteceu no caso do dossiê de 2006.

A oposição está certa ao gritar. É preciso que se pressione a PF a cumprir sua obrigação, que a chame nos brios. O problema é que há diversas facções dentro da corporação, mas muita gente boa também. Que a parte boa faça o trabalho que a parte podre não quer.

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