Parece que uma trégua foi acertada na reunião da OEA. Fizeram bem, um confronto armado na região não tem o menor cabimento. Tal situação só chegou a este ponto pela atitude de Chávez e seu lacaio, Corrêa. Os sócios do foro de São Paulo recuaram quando perceberam que a situação era insustentável e diante do que foi revelado até agora nos computadores do pançudo que está jogando cartas com Che no inferno.
Pela primeira vez eu vi gente falando na imprensa sobre o Foro de São Paulo além de Olavo de Carvalho, Reinaldo Azevedo e a turma do PT. É algo por demais curioso. Todos os envolvidos afirmam que o Foro existe, admitem que o objetivo é tornar a América do Sul um mar vermelho, mas a grande mídia faz silêncio. Agora aparece gente como Merval Pereira e Boris Casoy falando do Foro, já é um avanço.
A posição brasileira também ficou escancarada. Diante do conflito entre um governo legalmente constituído, que possui relações de amizades com o Brasil, e uma guerrilha de narco-traficantes, ficou com os últimos. Aos poucos as narrativas sobre as condições dos reféns vão demolindo a imagem de bons revolucionários que as FARC desperta para alguns. O Brasil rompeu com uma longa tradição de neutralidade entre nações. Ficou do lado de um delinqüente que protege terroristas diante de um presidente que os persegue. Pobre herança de Rio Branco, um dia o Itamaraty terá que desinfetar todo o papel vergonhoso que vem fazendo nos últimos anos.
O PT divulgou uma nota que não só condena veementemente a Colômbia como ainda tem a audácia de chamar Reyes de “negociador”. Não é, trata-se de “sequestrador”. Negociador é quem é designado para negociar com o facínora a libertação de reféns. O partido mostra toda sua amoralidade novamente. É bom. Cada vez mais se afunda no papel que criou para si próprio de arauto da ética na política. O dia em que o mito Lula for desconstruído, e será, nada restará desta agremiação.
Outra boa notícia é o desespero de Chávez. Sua popularidade afunda a cada dia junto com a irresponsabilidade econômica que implantou em seu país. A tendência é aumentar cada vez mais a violência de seu governo, até o dia que haverá um basta. Creio que não termina seu governo. E é bom já ir pensando em um exílio, se ficar acabará enforcado em praça pública.