Cada vez mais me convenço que a possibilidade de libertação da ex-senadora fanco-colombiana é nula. Ela é o maior trunfo nas mãos da guerrilha. A atitude do presidente da França de ficar de joelhos diante da guerrilha é um tiro mortal para qualquer possibilidade de liberdade. Não vejo por que os bandidos deixariam passar esta oportunidade ímpar, ter uma das maiores democracias do planeta dando-lhe crédito.
E é isso que tem mostrado o material apreendido na ação do fim de semana. Reyes deixa bem claro ao amigo equatoriano que não pode abrir mão da sua maior refém. Existem 700 outros aprisionados, na melhor das hipóteses ela seria a última desses. Na pior ela nunca seria libertada. O guerrilheiro morto deixou bem claro que a odeiam, só está viva pela grande utilidade que é para as FARC. Ao que parece 6 anos de cativeiro em condições sub-humanas não dobraram a brava senadora. Não sei se é resignação ou força interna que só as grandes almas possuem.
Sobre reféns, a guerrilha já avisou que a partir de agora eles serão usados como escudos humanos. Passarão a usar farda para serem confundidos com os bandoleiros, serão acorrentados às camas dos principais líderes. E tem gente que os considera como os últimos românticos da América Latina, como lutadores de um mundo mais justo, o tal do “novo mundo possível”. Diante de coisas como essa eu me pergunto, é possível ficar em uma posição neutra entre o governo colombiano e as FARC? A população da Colômbia mostra que não. Mais de 80% apoiou o ataque das tropas federais.
Em um mundo melhor os países da América do Sul estariam em uníssono dando apoio à batalha de Uribe. A eliminação da guerrilha seria uma conquista e tanto para o continente. No mundo “possível” o presidente colombiano está quase que completamente isolado, apenas o Peru lhe é solidário. Que delinqüentes como Chávez, Corrêa e Morales apoiem as FARC é compreensível, mas que gente como Lula, Bachelet e Kirchner façam o mesmo só mostra que os autores de novo Manual do Perfeito Idiota Latino-americano estavam completamente errados: não existe esquerda vegetariana no continente, são todos carnívoros.
Ingrid Betancourt é apenas uma vítima destes “humanistas”.