A tal TV pública nem estreou e já está mostrando que de pública não tem nada, é do governo mesmo. Esta semanas vários fatos sucederam-se em seqüência:
- Franklin Martins, revoltado com a pergunta de um jornalista, afirma que ninguém pode dar-lhe lição de democracia. E, logicamente, não responde à pergunta. Martins lutou para instalar uma ditadura comunista no Brasil, mas na versão dos perdedores, é um democrata.
- Duas diretoras da TVE pedem demissão ao verem a emissora invadida por um grupo grande de gente da nova TV. Logicamente sem concurso, e provavelmente com muito pouca qualificação. Em nota, a diretora executiva da TV pública(?), Beatriz Sussekind afirma que as duas foram demitidas. Era um recado para quem fica.
- Um jornalista e professor da UFF, Felipe Pena, debatedor do programa Espaço Público, no intervalo de um dos blocos do programa, é confrontado pela apresentadora, Lúcia Leme, que o pede para “maneirar” nas críticas ao governo porque a TV Pública “vem aí”, e ela seria demitida.
- No primeiro dia de programa, uma ode a uma personalidade histórica. Don João VI? D Pedro II? Caxias? Jucelino? Nada disso. Trata-se de Che, o porco fedorento. Tudo em nome da tal pluralidade.
É tudo tão previsível que chega a ser tedioso. São os mesmos métodos que Stalin implantou na União Soviética. O clima na TVE é de terror, quem não se alinhar vai para a rua. É hora das oposições fazerem seu papel e denunciar. É hora do conselho curador começar a trabalhar.
Antes que seja tarde.