O Globo noticia a entrada de Hugo Chávez como negociador, este é termo correto e não mediador, entre o governo colombiano e as FARC.
A agenda se tornou o primeiro ponto de negociação sobre a visita em que os dois presidentes deverão discutir a troca de 500 presos por 45 reféns das Farc – entre eles a ex-senadora franco-colombiana Ingrid Betancourt, seqüestrada em 2002. Ontem, Uribe recebeu um telefonema do presidente da França, Nicolas Sarkozy, a quem a família de Ingrid recorreu. Segundo fontes colombianas, o tema da conversa seria a possibilidade de um intercâmbio humanitário.
Na véspera, Sarkozy conversara com Chávez por telefone, a quem expressou “apoio completo” aos esforços para a libertação dos reféns. Sarkozy manifestou a Chávez sua vontade de “acompanhar seus esforços”, informou o Palácio do Eliseu. Ele teria ainda pedido ajuda à Venezuela para obter provas de que Ingrid continua viva.
Chávez como mediador? Envolvendo as FARC? Só pode ser uma piada, e com endosso do presidente francês em uma bobagem sem tamanho.
Chávez e as FARC (junto com Fidel, Lula e o PT) são sócios no Foro de São Paulo. O objetivo é instalar o socialismo na América Latina. TODOS os citados neste parágrafos admitem esta associação com orgulho, apesar do silêncio da imprensa e principalmente da oposição; afinal, se um figurão oposicionista falasse sobre o assunto em público a mídia não teria como ignorar.
Mais adiante a reportagem faz a seguinte afirmação: “Há duas semanas, Chávez aceitou ajudar numa aproximação entre o governo colombiano e as Farc“.
Aproximação? Como assim? As FARC são uma organização terrorista criminosa que vive do tráfico de drogas. Simples assim. Para dar uma certa justificação para seus atos afirma lutar pelo socialismo. Mas os colombianos sabem muito bem o que desejam. Tanto que a primeira reivindicação do bando é desmilitarizar dois municípios ocupados pelas forças armadas regulares e libertar 500 presos.
Uribe está enfrentando com coragem e aos poucos asfixiando as FARC. Seu país está se tornando mais seguro e crescendo por causa disso, o que não interessa ao Foro de São Paulo.
Daí o “empenho” de Chávez. Diz um princípio básico da luta contra o terrorismo: nunca negociar. Os governantes europeus e americanos muitas vezes “esquecem” este princípio quando os países envolvidos são latino-americanos.
Assim o governo americano pressionou o governo brasileiro para negociar a devolução de embaixador daquele país na época do regime militar. E agora Sarkozy faz o mesmo.
Muitos dizem que esta solução, negociar, é melhor pois leva à solução sem conflitos, sem vítimas. Não é bem assim. A desmilitarização dos dois municípios tornará o conflito menos sangrento? E a libertação de 500 presos? Vejam que normalmente os terroristas exigem a libertação de terroristas sempre que negociam com o estado. E o que fazem estes terroristas quando libertados? Vendem pipoca?