Eleições na França

A França vai hoje às urnas eleger seu novo presidente. A disputa está entre Sarkozy, representando a direita, e Royal a esquerda. O comparecimento do primeiro turno foi de 85% mostrando que quando os candidatos conseguem despertar o interesse do eleitor, não precisa obrigá-lo a comparecer. O que dizer de nosso sistema que mesmo com o estado empurrando não chegou a este comparecimento?

A reportagem do Globo é dessas peças freqüentes da mídia engajada, o que fica patente nas opiniões dos franceses retratadas na matéria. São três opiniões à favor de Royal acentuando seu caráter humanista e duas pró Sarkosky, só que defendendo-o com argumentos machistas ou reacionários, como se todo o eleitor francês que vote nele seja por estes dois motivos.

E dentre estes três chamou-me a atenção a de um ’empresário’ que se diz eleitor histórico da direita e que passou a votar na esquerda ao conhecer o… Brasil! Segundo ele o que viu nas terras tupiniquins o encheu de revolta contra os efeitos do… liberalismo!

Ora, se tem uma coisa que nunca deu as caras por aqui foi justamente o liberalismo. Como pode ser classificado de liberal um modelo em que o estado tunga anualmente 50% do que é produzido no país e se mete até na educação sexual que os pais dão a seus filhos?

Só faltou a Heloísa Helena falando do modelo neo-liberal de FHC e Lula…

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