5 Dicas de Sexta: Grace Potter, uma conversa com o diabo, catecismo, um santo? e Chesterton

5 dicas de sexta (uma lista livre de coisas legais que andei acompanhando ou fazendo)

1

Um disco que ando ouvindo: Daylight (Grace Potter, 2019)

Para não dizer que só escuto coisa antiga, um dos artistas atuais que curto é a Grace Potter. Cantora, guitarrista e compositora, Potter tem uma voz poderosa e músicas com muita energia, uma fusão da boa música americana de raiz, passando pelo country, rock e blues. Daylight foi seu último disco lançado, agora sem sua banda original de apoio, o The Noturnals.

2

Um audiolivro que terminei: Mais Esperto que o Diabo (Napoleon Hill, 1937)

Utilizando o recurso literário de simular uma entrevista do autor com o próprio diabo, Hill apresenta o resultado de anos de entrevistas com pessoas que tiveram sucessos e fracassos ao longo da vida. Ele identifica as principais armas que nos impedem de ter sucesso, o que ele chama de alienação e o ritmo hipnótico. Alienação é deixar de pensar por si mesmo e seguir o fluxo, caindo na armadilha do ritmo hipnótico, em que nos tornamos coadjuvantes de nossa própria história. O segredo é ser um não-alienado, ou seja, ter um pensamento independente e um propósito definido em nossa caminhada. Um livro que continua atual porque o homem continua o mesmo.

3

Um projeto que comecei: Catecismo em um ano

Nem todo católico sabe, mas além da Bíblia, há um outro livro que temos que ler constantemente. Trata-se do catecismo da Igreja Católica, que ao contrário do que muita gente pensa, não é apenas para os bispos, mas para todos os membros da Igreja. Catecismo ficou na cultura como se fosse um único evento, na infância, para podermos tomar a comunhão. Mas como explica no início do livro, catecismo é todo o esforço da Igreja para arrebanhar novos discípulos, ou seja, é o ensinamento do que é ser católico. O padre Mike (podcast mais escutado nos Estados Unidos), nos fez caminhar o ano de 2022 inteiro lendo a Bíblia em um ano. Agora lançou um novo podcast, o catecismo em um ano. Estou acompanhando com meu catecismo ao lado.

The Catechism in a Year (with Fr. Mike Schmitz)

4

Um autor que estou revisitando: Joseph Ratzinger

Considerando a importância que Bento XVI tem na minha vida, resolvi colocá-lo como meu foco literário para 2023. Comecei pela leitura de um pequeno livro que estava na minha lista há algum tempo, Os Padres da Igreja. Daqui ao final do ano, terei sempre um livro dele aberto, seja para ler ou reler. As lições que ele nos traz são inesgotáveis. Infelizmente sua imagem foi torcida e praticamente invertida por uma mídia que odeia a Igreja e pressentiu o que poderia acontecer se este homem fosse compreendido. O que seus textos revelam é, sobretudo, uma alma sensível, conectada com Deus e preocupada, sobretudo, como diálogo que a Igreja deve ter no mundo moderno. Praticamente o oposto do que boa parte das pessoas percebeu dele. Tenho esperança que um dia se tenha a reverência devida a este grande homem, talvez até um santo.

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5

Um pensamento ou frase que estou meditando:

O progresso tem sido apenas a persiguição do homem comum.

G. K Chesterton

No fim de tudo, parece que é isso, não? Todas estas correntes da modernidade acabam desaguando para o mesmo ponto, o ódio ao que Chesterton chamava de homem comum. Nos tempos de hoje recebem várias denominações: classe média, homem de bem, patriota, e por aí vai.

E por que este ódio todo? Por que é preciso acabar com o homem comum, através da sua submissão completa aos delírios ideológicos? Talvez porque este homem nos lembre que fomos feitos à imagem e semelhança de Deus, o que é um chamado à responsabilidade. O homem moderno é, acima de tudo, alguém que tem o delírio de ser completamente livre ao fugir de toda responsabilidade. É o maior prisioneiro de todos.

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