5 Notas de Sexta!

5 notas de sexta (uma lista livre de coisas legais que andei acompanhando ou fazendo)

1

Um filme que assisti: Uma História de Natal (The Christmas Story, 1983).

Oficialmente começou a temporada de natal 2022. Um dos grandes clássicos do gênero é um filme não tradicional em sua forma. São como pequenos quadros unidos por uma narrativa central, sobre o desejo de um menino de ganhar um rifle de chumbinho (que pecado para os dias que vivemos!). Possui algumas cenas memoráveis, como o menino com a língua congelada no poste e o pai desembalando um presente que ganhou em um concurso. Chamou-me atenção o grande ausente do filme, justamente aquele que deu origem à comemoração e dá significado a data.

2

Um tema que comecei a estudar: dopamina

A dopamina é uma substância no cérebro relacionada com a antecipação do prazer. Pode se referir tanto a um simples chocolate como uma dose de cocaína. Refere-se a qualquer tipo de prazer. A dopamina é liberada, por exemplo, quando abrirmos o facebook na esperança de ter uma curtida em um post que foi colocado. Estão entendendo a importância? No mundo de hoje temos uma fonte de dopamina ao alcance de nossas mãos e isso é extremamente perigoso. Um assunto que tem me preocupado de forma crescente.

3

Uma playlist que estou escutando: música clássica para relaxar

Esta playlist do spotify do Haydn foi dica de uma newsletter da Maria Helena Galvão, da Nova Acrópole. Tenho escutado muito em meus trabalhos de organização e mesmo quando preciso concentrar em um projeto específico.

https://open.spotify.com/embed/album/5w3wNBSUiCEzUX1cRQHebg?utm_source=generator

4

Um livro que estou relendo: A Arte de Fazer Acontecer

Quando li pela primeira vez este livro do David Allen, Getting Things Done, foi como se uma luz iluminasse o quanto eu precisava trabalhar minha organização pessoal e fluxo de trabalho. Embora não tenha utilizado a metodologia em sua plenitude, emprego várias de suas ferramentas no meu dia a dia desde então, como deixar minha caixa de entrada de emails vazias, regra dos dois minutos, categorização das ações por contexto, etc. A atual edição é revisada, considerando também as mudanças tecnológicas neste período. Basta lembrar que em 2010, o email era a principal ferramenta de comunicação e nem se imaginava algo como as redes sociais.

5

Um pensamento para reflexão:

Ó vóis que entrais, deixai fora toda a esperança.

(Dante, A Divina Comédia)

Sempre achei impressionante esta inscrição que Virgílio encontra na entrada do inferno. Parece que foi João Paulo II que uma vez disse que o inferno é também um estado de espírito. Quer saber se está neste estado? Examine. Tenho alguma esperança?

GTD: o método

Há pouco mais de dez anos li um livro que me trouxe muitos ensinamentos sobre organização. Trata-se de Getting Things Done, traduzido aqui por A Arte de Fazer Acontecer, do David Allen. Tinha acabado de lançar e li ainda no original. Allen lançou um método que ficou conhecido como GTD e tem como base principal tirar as coisas de sua cabeça e armazenar baseado nas próximas ações possíveis.

Dentre as várias técnicas e premissas, uma que uso desde então, e uma das mais fáceis de usar, é a regra dos dois minutos. Ao processar uma caixa de entrada, física ou digital, tudo que levar menos de 2 minutos para ser feito, faça na hora. A premissa é simples: você vai levar mais do que isso para armazenar corretamente e procurar depois quando precisar.

Aliás, estou relendo o livro, na nova edição atualizada. No tempo que Allen escreveu seu livro, o email era a principal ferramenta digital de comunicação. De lá para cá, muita coisa mudou, mas continuamos com tempo escasso para fazer tanta coisa. (Não estaria o problema justamente neste “tanta coisa”?)

Preciso separar 1 ou 2 dias para dar aquela organizada geral, mas no meio tempo aplico várias técnicas e vou lidando com o mais urgente. Uma coisa que consegui este ano foi zerar minha caixa de email e venho mantendo-a funcional há algumas semanas, com mínimo esforço. O que me faltava para realmente abraçar o GTD era a consciência do poder dos hábitos, porque o método é sobretudo sobre fluxo. Há rotinas de processamento que devem ser seguidas para que o sistema seja confiável e resistamos à tentação de manter as coisas na caixa de entrada porque estamos inseguros em não conseguir acessar a informação mais tarde.

Há muitos vídeos do GTD por aí, mas recomendo antes de tudo ir direto à fonte. Leiam o livro. É preciso entender os fundamentos antes de aplicar qualquer ferramenta.

Uma História de Natal (A Christmas Story, 1983)

Um filme de natal não convencional, em que uma série de eventos (vignettes) que retratam um natal na década de 40, no ponto de vista de uma criança (narrada por ela como adulto). A mesma técncia que seria usada depois em The Wonder Years.

Uma comédia que retrata bem o natal como ele se tornou nos dias de hoje, centrado na espectativa de presentes e alegria de uma festa. Divertido e mostra bem as aventuras que se constroem ao redor do desejo de um garoto de 8 anos em ganhar um rifle de chumbinho. É fácil ver várias cenas de nossa própria infância nos acontecimentos da família Parker.

Fiquei pensando sobre o grande ausente. Sim, aquele que dá significado ao natal em primeiro lugar. O natal que é retratado é o natal secular, um motivo para distribuir presentes e comer um bom peru.

5 Dicas de Sexta

(uma lista livre de coisas legais que andei acompanhando ou fazendo)

1

Um dia para celebrar: Tricampeonato da Libertadores

Desta vez fui supersticioso. Como em 2019 vi o bi em um bar, e perdemos ano passado assistindo em casa, desta vez fiz questão de ir novamente a um bar ver o jogo. Juntei uma pequena turma no Chopptime, na 405 sul aqui em Brasília. Deu certo. Vitória magra, 1 x 0, mas título na sala de troféus da gávea! Lembro bem que quando nos classificamos para a Libertadores de 2019, comentei com amigos: para que? Melhor passar a vaga e evitar o vexame. Sim, pois já tinha desistido deste torneio. De lá para cá, fizemos 3 finais em 4 anos, ganhando duas. O vento mudou forte.

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Um vídeo que estou assistindo: Tutorial do Notion, da Thais Godinho.

Experimentei brevemente o notion por algumas semanas, mas sem avançar muito mais que o uso como um bloco de notas. Foi com este aulão da Thais Godinho que a coisa se iluminou. Que ferramenta! Entendi porque ela gostou tanto e substituiu o evernote. Uma estrutura muito mais dinâmica, quase que um site pessoa, que pode ser usado para quase tudo. Link aqui.

3

Um livro que estou relendo: Iniciação à Teoria do Estado (J. P. Galvão de Sousa)

Em tempos que somos dominados por lugares comuns, expressões usadas fora de seu verdadeiro significado, como símbolos ocos de propaganda ideológica, este livro nos retoma aos fundamentos. Como se forma a sociedade? Como se governa? Como se dá a liberdade e sua perda? O que é autoridade? Um livro bem condensado, como deve ser as instroduções (e não aqueles monstrengos de 500 páginas que as universidades tanto gostam). Em vários momentos somos levados ao desânimo de perceber que nunca vamos dar certo como nação no caminho que estamos retomando.

4

Uma dica de um amigo: Robert Cray

Outro dia um amigo me passou esta dica. Trata-se de blues de primeira, que combina muito bem com um whisky ao fim da tarde. Estou gostando bastante, ainda mais com o tempo meio frio e nublado que está fazendo em Brasília. Está combinando muito com meu estado emocional desde domingo. Link de uma coletânea.

5

Um pensamento para reflexão:

A convivência humana requer o exercício limitado das liberdades de cada um.

J. P. Galvão de Sousa

Lembra muito o entendimento de democracia do Mark Twain, que dizia que democracia era formado pela liberdade de consciência, liberdade de expressão e a sabedoria de abrir mão das duas. Não se trata do estado limitar a liberdade, mas de nos auto-limitarmos, ou seja, nos controlarmos no uso da liberdade. Se todos quiserem usar de suas liberdades ao máximo, o caos será instalado. Infelizmente vivemos uma época perigosa, em que a atoridade está fazendo tudo para limitar a liberdade das pessoas, assumindo um papel que jamais poderia ter, de consciência da nação.