Há algumas semanas escutei pela primeira vez a expressão OKR (Objective and Key-results), ou objetivos e resultados chaves, em um congresso de tendências agile para o setor público. Fiquei bastante interessado. O OKR pretende responder um dos grandes desafios da gestão, transformar o Planejamento Estratégico em execução.
Há uma certa crise do Planejamento Estratégico. É comum frases como “70% dos PE não se realizam”, “a cultura come o PE no café da manhã” e por aí vai. Uma das grandes questões é até que ponto o PE realmente não está sendo executado? Muitas vezes consideramos que foi um fracasso só porque não seguiu exatamente aquele plano feito lá atrás, embora a organização esteja agindo coerente com a direção e o alinhamento proposto. Enfim, não tenho respostas para estas perguntas.
O que achei interessante, à medida que vou estudando o assunto, é que os OKR colocam menos foco nas tarefas e mais nos resultados que se quer alcançar. Parece meio contraditório, não é? Se o problema é execucão, porque não vou colocar as tarefas no centro do processo? Bem, um dos grandes problemas das organizações é ter tarefas demais para gerenciar, tentando alcançar tudo ao mesmo tempo e com pouco foco. A impressão é que nada está avançando embora possa estar sendo realizado várias melhorias incrementais em vários pontos ao mesmo tempo. Com os OKR, há ciclos de planejamento curtos, com resultados tangíveis e uma necessidade de alinhar tarefas com os objetivos e resultados chave combinados.
Ainda estou no começo desta jornada, fazendo um primeiro curso online. Como treinamento, estou trabalhando no emprego da metodologia em meu planejamento pessoal, estabelecendo OKR para meu plano de vida. Está sendo uma experiência bem interessante.
A gestão é um mundo, com muita coisa nova e vejo muita gente preso no que sempre fez, achando que vai alcançar os mesmos resultados em ambientes cada vez mais complexos e incertos. Líderes que acham que não precisam aprender mais nada ou mesmo que tudo tem que ser empírico, torcendo o nariz para o conhecimento. Estão caminhando para a obscolecência e nem perceberam. Acha que tudo é modeismo, e muita coisa é, mas se tiverem o cuitado de separar o joio do trigo podem ter um papel de destaque em liderança. O conhecimento nunca esteve tão acessível para quem quer aprender, basta dar o primeiro passo.