Tratado sobre a prudência

Terminei de ler hoje o Tratado sobre a Prudência (Questões 47 a 56 do Vol 3 da Suma Teológica).

Para quem não conhece o esquema da Suma, cada questão é um um artigo no sentido moderno ou um capítulo de um pequeno livro. A questão é dividida em artigos, que são as partes deste artigo (sentido moderno) ou capítulo. Eles buscam examinar o tema do tratado de várias perspectivas. No caso do Tratado sobre a Prudência, as questões tratam de seu fundamento, suas partes (sob diversos prismas) e os vícios que lhe são opostos.

A prudência aqui segue a inspiração de Aristóteles. Não se trata do uso que damos, nos dias de hoje, à palavra prudência como um receio, uma aposta segura, quase como um temor de que a coisa dê errado.

A prudência é a virtude moral que se refere aos meios para execução dos fins devido. Ela trata da aplicação do universal no particular e por isso tanto tem um caráter especulativo, de indentificar os fins devidos, como de prático, de efetivamente agir na escolha dos meios adequados. Possui várias partes integrantes e pode ocorrer tanto no nível individual quanto social ou político. A ela se opões diversos vícios, especialmente aos que ela se assemelham como a astúcia. O dom do espírito santo mais associado a ela é o conselho.

Portanto, o homem prudente é o homem que age corretamente, com sabedoria e competência na execução. Diante de um problema prático, alinhado aos fins devidos, age com eficiência. Por exemplo, sabendo que a saúde do corpo é um fim meritório, ele escolhe as melhores práticas para uma vida saudável, tanto respeitando horários de repouso, alimentado-se com sabedoria, fazendo práticas físicas adequadas e até lidando com o stress do dia a dia. Isso é ser prudente.

Afinal, até que ponto somos prudentes nas coisas que fazemos?

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