Trata-se de um romance moral. Jane tem a consciência do que é certo e enfrenta as tentações que tentam afastá-la do caminho.
A Sra Reed, e algumas professoras do orfanato, a levam ao ódio. No entanto, é no orfanato que convive brevemente com uma menina que lhe deixará uma marca profunda em sua vida.
Helen Burns lhe ensina o valor das provações, a força da providência divina e a confiança que temos que ter em Deus. Essas noções ficarão gravadas em sua alma.
Ela vence o ódio à tia no leito de morte dela. Infelizmente a tia não aceita seu amor e morre amargurada, devorada pelo ódio.
Em Rochester ela enfrenta a tentação de viver com o homem que ama integralmente, mas em uma situação imoral, escondida de todos. Termina por fugir, abandonando tudo e disposta aos maiores sacrifícios para manter sua virtude.
Em St John ela sofre a tentação de abrir mão de sua consciência para satisfazer uma vontade implacável, que usa o nome de Deus para justificar suas atitudes.
Na herança que recebe de forma inesperada, tem a oportunidade de praticar a caridade, abrindo mão da maior parte para ajudar os primos recém descobertos.
A providência divina mostra sua força na conversão de Rochester, que em um ato heróico perde a visão e uma das mãos, mas livra-se de seu orgulho no processo. É como se Helen Burns tivesse feito uma profecia.
O orgulho também é implacável em St John, que recusa aceitar Jane em outros termos que não sejam os seus.
No fim, Jane tem a oportunidade de mostrar seu amor, escolhendo viver com o homem que ama, a quem se dedicará de corpo e alma para superar todas as dificuldades das suas deficiências.