O nome deste livro veio da tradução grega, mas no original hebreu seria algo como “na terra selvagem”, ou seja, no deserto. Conta a história de Israel, logo após o episódio do bezerro de ouro, em sua peregrinação de 40 anos em busca da terra prometida.
O número 40 tem um simbolismo especial na Bíblia, de teste. Israel falha muitas vezes. Diante da dureza do desafio, já no terceiro dia reclama de Moisés e questiona se não seria melhor ter ficado no Egito, mesmo que sem liberdade. No centro uma questão muito atual: você abriria mão de sua liberdade pela ilusão da segurança?
É uma ilusão porque a verdadeira segurança está na terra prometida. A segurança sem liberdade é uma das maiores mentiras que o homem pode acreditar, pois implica sempre em escravidão, mesmo que disfarçada.
Este é o mundo da pandemia, que tem no Canadá hoje o melhor exemplo.
Não podemos esquecer que talvez a maioria dos canadeneses aprovem o que Trudeau está fazendo, como a maioria do povo hebreu queria voltar para o Egito. De certa forma, Israel no deserto prefigura o provo canadense hoje. Falta o Moisés para lembrá-los sobre a verdadeira liberdade. No Egito só encontrarão a morte do espírito e a submissão, confortável, não nego, mas mesmo assim submissão.