Pensar sua organização dá trabalho. Realizar uma análise crítica, por escrito, e apresentar sua visão de melhoria, muito mais. Esta semana me deparei com algo assim. Uma servidora, dedicada, junto com mais duas pessoas, teve um baita trabalho de construir um documento de mais de 30 páginas com este propósito. Ela está certa em suas opiniões? Não sei. Provavelmente, como sempre acontece, tem erros e acertos, mas o fato não é esse.
O fato é que está frustrada. Por não terem aceito suas sugestões? Não. Por seu trabalho ter sido ignorado.
__ O que me frustra __ disse ela __ é que nem levaram em consideração. Como se não tivesse existido. Acho que eu merecia pelo menos isso, uma discussão. Se não tem nada aproveitável, tudo bem, entendo que faz parte do processo. Mas, puxa, nós tivemos o trabalho de contribuir, de tentar apresentar uma visão, nossas preocupações. O silêncio incomoda demais.
Quantas vezes nos deparamos com exemplos assim no mundo corporativo?
Em se tratando de serviço público, isso é grave. Tanto se questiona os servidores, que seriam acomodados. Até que ponto o próprio sistema induz uma acomodação? Até que ponto se inibe as iniciativas?
São apenas algumas reflexões iniciais, mas algo que terei que lidar.