Felicidade e sentido da vida

Todos nós aspiramos à felicidade, mesmo que não saibamos exatamente o que ela é. Na visão clássica, felicidade é a posse de um bem final, que não é etapa para nenhum outro. É uma realização da perfeição do ser. Por isto mesmo é ao mesmo tempo um ideal a ser buscado e uma impossibilidade prática, o que não impede que o homem tenha momentos felizes.

Para Stork e Echevarría no capítulo 8 de Fundamentos de Antropologia, sentido da vida e felicidade estão relacionados. A vida é uma tarefa a ser realizada e buscar seu sentido é uma condição necessária para que se busque a felicidade. Se não temos sentido para nossa vida, não seremos felizes. Quando o homem recusa este entendimento passa a ter modelos diferentes de felicidades, que podem gerar momentos prazerosos, mas terminam invariavelmente na infelicidade, como bem demonstra a depressão crescente em nossos dias, que atinge agora até criança.

Alguns modelos que os autores analisam no capítulo são o niilismo, o carpe diem, o pragmatismo de interesse, o poder do dinheiro e o desejo de poder. Nenhum deles é capaz de satisfazer plenamente o homem pois ligam-se mais a aspectos exteriores da vida do que nosso interior, fonte autêntica da realização humana. O homem moderno tenta a todo tempo encontrar substitutos para o entendimento de que a felicidade está na perfeição do ser. Muitos colocam o bem-estar como felicidade; outros o prazer; outros a negação de um sentido para a vida. Por isso anda tão deprimido e recorrendo cada vez mais a drogas, legais ou ilícitas. Precisamos recuperar o ideal de felicidade.

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