Nós não somos os únicos responsáveis por nossa própria felicidade, pelo menos a que podemos ter aqui nesta vida. Há uma série de fatores que estão fora do nosso alcance, como a família que nascemos, a sociedade que vivemos, fatores físicos diversos.
Aristóteles já dizia que para termos uma boa vida precisamos desenvolver os bons hábitos, mas precisamos também ter sorte. Precisamos dos dois. Há gente que tem tudo que a sorte pode dar, mas não consegue ser feliz.
Já São Tomás de Aquino, na Suma Teológica, dizia que nesta vida só podemos ter uma felicidade imperfeita, pois estaremos sempre sujeitos ao mal, uma característica de nosso mundo. Felicidade mesmo, perfeita, só em outra vida.
O que tanto Aristóteles quanto Aquino concordam é que o homem não se basta para ser feliz. Precisa de sorte, ou da graça, para juntamente com a prática das virtudes viver a boa vida.
Portanto devemos ter muito cuidado com a promessa, muito viva nos livros de auto ajuda, que tudo está à alcance de nossas mãos, que basta querer e se aplicar. Pior, há muitos livros que ainda dizem que devemos buscar nossa felicidade sem levar em conta a dos outros. O homem é um animal social e jamais será completamente feliz sozinho.
Enfim, algumas leituras que tenho feito nestas semanas.