Meu primeiro contato com a teoria hiperdialética de Coelho de Sampaio foi em 2016, através dos vídeos no youtube onde ele trata de filosofia da cultura. Na época lembro que comentei ter entendido cerca de 30%.
Comprei alguns livros dele, estudei um pouco, mas estou longe de poder dizer que entendi os principais pontos de sua teoria. Só sei que me parece tremendamente importante, ao mesmo tempo que me falta uma chave para compreensão.
Ontem li um ensaio que ele faz uma crítica à lógica clássica, que teria ocupado um lugar que não deveria: de ser o padrão dos estudos acadêmicos do tema. Para Sampaio, a lógica clássica se baseia em uma série de negações que se revestem de uma aparência de princípios positivos: as três leis básicas (identidade, não-contradição e terceiro excluído).
Percebi que para entender realmente o que ele está dizendo preciso entender primeiro a lógica de Lacan, a chamada lógica significante.
Interessante que neste ensaio (Lacan e as Lógicas) ele despertou minha atenção ao citar brevemente a questão do paradoxo como exemplo de uma verdade que foge do alcance da lógica clássica. O paradoxo é justamente a convivência de uma proposição e sua contradição sem que uma delas seja falsa.
Falou paradoxo penso logo Chesterton e um de seus grandes exemplos, aquele da música do Legião Urbana, entender como um deus ao mesmo tempo é três.
Confuso?
Bem, muitas vezes estes textos servem para me ajudar a pensar. E quanto estou na confusão, sai meio confuso mesmo…