Jesus de Nazaré: novo projeto dos domingos

Hoje começo um novo projeto de domingos, como preparação para a Páscoa reler Jesus de Nazaré, do Papa Bento XVI.

Este livro foi escrito no contexto dos vários estudos sobre Jesus feitos utilizando o método histórico-crítico, ao longo do século XX. Bento XVI alerta que muitas vezes estes estudos levaram a uma separação do Jesus dos Evangelhos do Jesus histórico, quase como se fossem duas pessoas diferentes.

No prefácio ele explica que não se trata de combater o método histórico. Jesus de fato existiu na história e deve ser estudado também por esta dimensão, mas deve-se levar em conta que não se trata do único método e que ele possui limitações. Por exemplo, o método histórico deixa a palavra no passado, o que não alcança uma palavra que faz parte de um sujeito vivo, que participa da história e do presente. A Bíblia foi escrita para o homem de todas as épocas e não apenas para o tempo que foi redigida. A percepção que o conjunto de livros da Bíblia tem uma unidade também ultrapassa o método histórico, faz parte da fé.

O que Bento XVI propõe em seu livro é reaproximar o Jesus dos Evangelhos do Jesus histórico, ou seja, mostrar que o Jesus que lemos na Bíblia é um Jesus real, que participou da história, que a encarnação é de fato uma verdade fundamental. Seu livro dialoga com os diversos métodos de estudo e defende a unidade de seu objeto, que é Jesus de Nazaré.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *