Leitura de Domingo: Capítulo 4 da segunda parte de O Homem Eterno, de Chesterton.
Chesterton apresenta as principais contestações à Igreja do Cristo e afirma que todas são verdadeiras. Só todas estas coisas, o pessimismo, o asceticismo desumano, a condenação do mundo e do homem, a religião oficial, em suma, tudo que acusam a Igreja de ser é verdadeiro mas não se trata da Igreja. Estas coisas estão presentes nas heresias que surgiram nos primeiros séculos da cristandade, e a Igreja combateu a todos.
Para defesa da Igreja, Chesterton gostaria de chamar os hereges, pois estes seriam os primeiros a dizer que a a Igreja não é nenhuma destas coisas, pois eles foram combatidos por professarem exatamente estas coisas que acusam a Igreja.
Chesterton nos traz uma metáfora maravilhosa para o catolicismo. Ele é uma chave. O credo é como chave sobre 3 aspectos:
- é um objeto com uma forma. É uma filosofia de forma e inimigo da informidade. Sua utilidade está exatamente na forma que possui, caso contrário não conseguiria abrir a porta.
- é uma forma fantástica. Um ser primitivo que encontrasse uma chave perdida não teria a menor pista de sua utilidade, do que serviria. É um objeto perfeitamente arbitrário. Pouco importa se é bonita ou feia, ou ela encaixa ou não encaixa.
- seu formato é bastante elaborado. Com seus dentes e combinações, não pode ser feita ao acaso. Tudo parece complexo, só uma coisa é simples, ela abriu a porta.
Portanto, acusam a Igreja de ser tudo que ela combateu. Fica claro porque a Igreja sempre foi firme com as heresias. Se assim não o fizesse, seria confundida com estas coisas e perderia toda sua força de ser portadora de uma verdade. Assim como já acontece nos dias de hoje, onde seus críticos fazem uma imagem bem particular do que seja a Igreja para poder atacá-la, sem perceber que no fundo está dando-a razão, pois ela combate as mesmas coisas.
Excelente seus resumos dos capítulos de O Homem Eterno!