No último domingo li um ensaio interessante do Russell Kirk sobre um certo Orestes Brownson, um filósofo político americano, coisa rara, que viveu no século XIX, convivendo com toda questão da guerra civil. Ele não admirava Lincoln, mas deplorava inda mais os democratas sulistas e a escravidão.
Seu pensamento pareceu-me bem atual para a época em que vivemos. Seus principais adversários intelectuais foram os democratas-socialistas e os utilitaristas, que poderíamos chamar hoje de libertários.
Os primeiros querem promover a igualdade radical, que na verdade era uma forma de submeter os homens aos caprichos de alguns. Os segundos querem promover a prosperidade através da competição egoísta entre pessoas e empresas. Nenhum deles promoverá o principal, uma sociedade justa.
Segundo Brownson apenas com a base em uma ordem permanente e transcendente uma sociedade pode realmente ser justa. Os Estados Unidos foram criados como uma nação sob Deus, e esta era sua principal virtude, mas que era atacada especialmente por socialistas e utilitaristas.
Ele refutava a idéia de que o governo era um mal necessário. Ao contrário, o governo é um instrumento formidável para promover a prosperidade de uma nação, um verdadeiro presente de Deus, que só perdia para a religião. Toda nação tem uma missão especial e a da América era promover a conciliação de liberdade com a lei. Esta seria a grande régua para medir o seu avanço.
Vendo para a América de hoje, não deixo de perguntar, estará conseguindo?