Existe uma turma de burocratas de educação, professores e políticos que enchem a boca para falar que as universidades públicas pensam no aluno enquanto que as privadas só pensam no lucro.
Este ano enfrentamos a pandemia, o que terminou destruindo o planejamento de grande parte das universidades.
Enquanto um conjunto de universidades se adaptaram rapidamente e buscaram soluções para reduzir ao máximo o prejuízo dos alunos, um outro conjunto sentou em cima de sua autonomia para esperar as condições ideais para retomar os cursos. Qualquer tentativa de falar em volta às aulas era sumariamente atacado. Qual a solução que propunham? Esperar a vacina. Se é que ela vai vir e sabe-se lá quanto tempo vai levar uma campanha de imunização.
Afinal, o que vale é fica em casa. E com dinheiro do contribuinte, fica muito mais fácil entrar de férias eternas. O que chama atenção é que todos os setores que puderam se adaptaram para funcionar online. Era questão de sobrevivência. Era o ideal? Em muitos casos, não. Mas era o possível no momento.
Só um tipo bem específico de universidade, aquela que pensa no aluno, deitou de berço esplêndido esperando a tempestade passar, se é que um dia passará. Educação à distância? Isso não existe; não tem qualidade. Qualidade mesmo é aquela ladainha que muitos professores que não gostam de dar aula fazem em sala para criar cópias deles mesmos.
Por essas e outras que considero a educação no Brasil irrecuperável. Joguei minha toalha faz tempo.