Leituras de Natal: O Homem Eterno (Chesterton) – Capítulo 7

Série Leituras de Natal.

Todo domingo e feriado, um capítulo de O Homem Eterno, de Chesterton.

Capítulo 7: A guerra dos deuses e demônios

Perto do fim da grande era pagã da humanidade aconteceu o inevitável conflito entre duas visões distintas, já descritas nos capítulos anteriores. De um lado, a mitologia, aquele aspecto religioso e natural dos poetas, aquele aspecto familiar e local dos deuses, aquela civilização que se formou em torno de Roma. De outro a visão pragmática de uma civilização econômica e muito prática, a nova cidade que canalizou as forças de Morloc representado por Tiro e Sidon, em outras palavras, Cartago.

E o que a história nos ensina é que Roma foi derrotada e era questão de tempo para ser destruída por Aníbal. Mas veio a fraqueza de toda civilização que se quer econômica e política, de poupar os recursos na hora decisiva porque não acredita que o inimigo vai fazer a loucura de resistir até morrer. Assim, Aníbal foi traído, derrotado e Roma ressuscitou dos mortos e venceu a batalha derradeira da antiguidade.

O melhor paganismo tinha vencido o paganismo demoníaco, o dos sacrifícios humanos. Há um espírito moderno que critica a posição de Roma de destruir Cartago, mas os romanos sempre souberam que contra tal visão de mundo, nenhum acordo é possível.

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