Pacificação? União? Calando os divergentes?

As pessoas que vejo mais falando na necessidade de pacificação e união são justamente as mais empenhadas em calar qualquer voz que publicamente expresse opiniões que elas não concordam.

Há vários símbolos para calar os indesejáveis: fake news, teoria da conspiração, radicalismo, podem escolher, o objetivo é desqualificar a pessoa e impedir qualquer possibilidade de debate.

Esta operação envolve também pressionar patrocinadores e empregadores para que os indesejáveis percam suas fontes de renda e tenham que se render ao clima de opinião de nossa época, a ideologia progressista.

Embora a cada eleição, em tudo que país, possamos ver países cada vez mais divididos e polarizados, quase num 50% a 50%, esta divisão não se reflete nas classes intelectuais, formadas principalmente por jornalistas, professores e artistas. Nelas o progressismo ganha de lavada, com mais de 90% e por isso se tornou culturalmente hegemônico. Ser contra esta ideologia é ser motivo de perseguição, chacota e discursos morais de pessoas que se julgam superiores e melhores dos que ousam divergir.

Por um tempo a internet possibilitou que houvessem vozes discordantes, já que os ambientes universitário, midiático e artístico se tornaram praticamente hostil a qualquer opinião divergente. Mas já estão mudando isso e parece que vão conseguir.

No futuro próximo só poderemos colocar fotos de ursinhos nas redes sociais ou comentar notícias de acordo com os dogmas da ideologia que nos está sendo imposta.

O grande problema é que isso vai formando uma multidão silenciosa, que vai engolindo todos estes sapos, até ter a oportunidade de extravasar. Nos últimos anos, o voto acabou canalizando esta enorme frustração, mas se até este canal fechar, teremos problemas muito sérios no futuro próximo. Não se pode calar eternamente as consciências.

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