Em seu livro de artigos autobiográficos, O Reacionário, Nelson Rodrigues, faz o seguinte comentário: as redações dos jornais modernos estão repletas de ressentimento.
Se era assim no início dos anos 70, quando escreveu este artigo, imaginem nos dias de hoje onde este quadro só piorou. Até porque não são só as redações. São as universidades, as redes sociais. O ressentimento é uma das marcas do século XXI.
Alias, o que mais se ensina em uma universidade além de ressentimento? Ele é a base, o fio condutor das chamadas ciências humanas. Qualquer teoria que tenha por cerne o ressentimento é ensinada para o aluno e por isso estamos repletos de Marx, Foucault, Deleuze, Marcuse. Por isso também que o método crítico predomina.
Tudo é, de certa forma, ressentimento.