Estou relendo o diálogo Protágoras, de Platão. Trata-se de uma reflexão sobre o sofista, uma espécie de profissional que existia nos tempos de Sócrates que ganhava dinheiro ensinando jovens a ganharem discussões públicas, independente da tese que defendessem.
Ou seja, o sofista não tinha compromisso com a veracidade do que ensinava e sim em ensinar o vocabulário para que o aluno apresentasse sua tese como verdadeira e ganhasse um debate.
Não sei porque, mas lembrei da universidade moderna. Até que pontos os professores, principalmente nos curso de pós-graduação, são sofistas?
Olhai se esta passagem não poderia ser um alerta a um jovem estudante que entra para uma universidade?
Mas se não estás, toma cuidado, venturoso amigo, para não por em risco o que te é mais caro numa jogada de dados. Asseguro-te que há um perigo muito mais sério na compra de ensinamento do que naquela de produtos comestíveis. (…) É obrigado, uma vez acertado e efetuado o pagamento, a absorver o ensinamento na tua própria alma, aprendendo-o. E então partirás, prejudicado ou beneficiado.