Terminei atordoado de ler o longo ensaio de Voegelin, escrito no fim de sua vida, que praticamente faz um resumo sobre seu entendimento da estrutura da realidade e do caminho do filósofo para entendê-la. Trata-se de Sabedoria e Magia do Extremo: uma Meditação.
Como sempre, ele parte de um problema real: o sonho utópico das ideologias. Como é possível tamanha deformação da realidade? Ainda mais por pensadores de primeira grandeza como Hegel?
A quantidade de iluminações que Voegelin apresenta, página depois de página, é para atordoar qualquer um e terminei a última frase sabendo que vou ler este ensaio até o fim da vida.
Como alguém pode se impressionar com Kant depois de ler Voegelin? Com Hegel? Marx nem falo porque é filósofo de terceira categoria.
Nem vou resumir este artigo aqui porque ainda não estou em condições para tal. Primeiro vou ler As Leis, do Platão, depois reler o ensaio com toda atenção para ser capaz de ter um entendimento que me permita fazer uma resenha digna.