O Evangelho de hoje conta a parábola do reino de Deus como uma festa de casamento onde muitos são os convidados e poucos os escolhidos.
Um dos pontos centrais desta parábola é quando o rei interpela um homem que não usava as vestes da festa e manda açoitá-lo e amarrar seus pés. Por que o rei fez isso?
As vestes da festa simbolizam as graças que Deus nos envia ao longo de nossas vidas. Temos sempre o livre arbítrio para recusá-las, o que fazemos freqüentemente, para nossa desgraça. Ela não aparece tão claramente quanto muitos imaginam, na maioria das vezes é bastante sutil e revestida de um aspecto tão humano que custa-nos acreditar em sua origem transcendente.
Não conheço melhor estudo da graça (e de nossa recusa) na literatura do que os contos de Flannery O’Connor. Já no cinema, principalmente em seus contos morais, é Eric Rohmer que nos dá uma boa perspectiva.
Ambos nos ensinam a prestar atenção nas pequenas coisas, pois nelas pode estar escondidas as graças que Deus nos envia.
