
Fazia tempo que não destacava o que andei fazendo na semana. Notas da semana que passou:
- Um livro que terminei: A Montanha Mágica.
Cada vez mais entendo a Grande Guerra como o acontecimento central do século XX. Neste romance de formação, Thomas Mann descreve o clima intelectual que antecedo o início da guerra, o fascínio das ideologias, o grande tédio e o clima de beligerância. Hans Castorp representa a própria nação alemã, dividida por desejos díspares, que a levaria aos campos de batalha da Europa.
2. Um filme que assisti: Paris, Texas
Há formas diferentes de se perder a família. Travis perde a sua da pior maneira, pela loucura de sua obsessão e sua fraqueza pessoal. Ele recupera sua identidade ao viajar para Los Angeles. Depois, no retorno para o Texas, recupera sua família para aí perdê-lo do jeito certo, pelo sacrifício. (PS: O que era a Nastassja Kinski!)
3. Um disco que ouvi várias vezes: Seventeen Seconds
Toda melancolia do The Cure nesta viagem sombria de melodias que demonstram a angústia que marcaria o som da banda nos anos 80. Genial.
4. Um autor que andei lendo: Otto Maria Carpeaux
Quando Carpeaux imigrou para o Brasil na primeira metade do século XX, ele não se tornou o maior crítico literário na banânia, mas também revelou o provincianismo de nossos melhores, incapazes de realmente dialogar com a grande tradição ocidental. Os Ensaios Reunidos são aulas de compreensão da cultura que até hoje não se encontra por aqui.
5. Um pensamento que meditei:
A verdade está tão obscurecida nos tempos atuais e a mentira tão estabelecida que, a menso que se ame a verdade, não se consegue conhecê-la.
Pascal