Segundo jogo do Flamengo acompanhando pela rádio. Fazia umas boas décadas que não acompanhava um jogo desta forma.
Até que está interessante.
Bora, Mengão!
Segundo jogo do Flamengo acompanhando pela rádio. Fazia umas boas décadas que não acompanhava um jogo desta forma.
Até que está interessante.
Bora, Mengão!
Um dos meus esforços ao longo da semana é me libertar da prisão do dia-a-dia, de ficar preso na rotina e nas circunstâncias como acontecimentos políticos, brigas de redes sociais, discussões rasas e etc. Uma forma de fazer isso é através da cultura, buscando aquele universal que os grandes criadores nos fornecem; mas nem só de alta cultura vive o homem; sempre há tempo para a cultura popular ou cultura pop (são coisas, muitas vezes, distintas).
Nesse espaço, separo 5 notas sobre o que andei fazendo na semana. Espero que gostem!
Cenas de um Casamento (2019). Um dos candidatos ao Oscar. Por trás de uma superfície bem arrumadinha esconde uma tese que discordo frontalmente e que foi expressa no monólogo da advogada Nora (personagem mais antipática do filme): o casamento é uma prisão para a mulher e tem seu fundamento em uma visão machista do mundo imposta pela religião católica. O filme parece que foi feito para dizer que a mulher, mesmo casada com um bom homem, só será feliz se for livre de suas amarras.
Rush. Fiquei realmente triste pela morte de Neil Peart, tanto por seu legado quanto pela constatação que ele nunca mais estará compondo. Fico lendo as letras que escreveu para as músicas da banda e ainda me espanto com a sua sensibilidade e busca incansável de entender a condição humana. Que descanse em paz.
O que é Conservadorismo (Roger Scruton). Também fruto de um óbito da semana passada. O livro me surpreendeu no dois primeiros capítulos por ter focado muito mais em diferenciar o conservadorismo do liberalismo do que do comunismo. O mercado não pode ser um valor absoluto.
Fleabag. Na semana passada disse que não tinha conseguido entender a personagem principal da série, que não tem nome. Ao fim da segunda temporada, a visão é completamente outra. Uma personagem fantástica, com muitas nuances, que vale um texto separado. Espero que a série tenha terminado para não estragar o que já ficou excelente.
No, his mind is not for rent
Rush, Tom Sawyer
To any god or government
Always hopeful, yet discontent
He knows changes aren’t permanent
But change is
E vocês? O que fizeram de interessante? Adoraria saber! Comentem!
Uma das coisas mais difíceis em um país com poucos leitores de livros é encontrar alguém para conversar sobre literatura.
Hoje, no meio da agitação da firma, encontrei um colega que adora Agatha Christie e Georges Simenon.
Paramos o que estávamos fazendo e batemos um papo sobre os dois autores. Valeu o dia.
Primeiras notas:
Existe tanto conteúdo bom na internet, tanto curso sensacional que podemos fazer no próprio youtube, que fica uma certa frustração pelo tempo que não temos.
Minha lista de vídeos para assistir só cresce, bem como a lista de artigos que vou adicionando ao instagram.
Sério, precisaria de um dia de 40 horas para dar conta de tudo isso.
Já houve uma época na história da humanidade que era possível ler tudo de relevante já publicado. Agora temos que viver com a constatação que mesmo com todo o esforço não chegaremos a 5%.
Frustrante.
Novamente Netflix tem filme indicado ao Oscar (O irlandês e História de um Casamento). Ano passado teve Roma. Parece que foi fruto de um planejamento.
Há dois anos, sede da netflix:
__ Senhores, temos que concorrer ao Oscar!
__ Apoiado senhor presidente!
__ Para isso temos que fazer filme chato. Se for legal, não tem chance.
__ Isso mesmo!
__ Para o primeiro ano, vamos fazer um chato inovador. Algo preto e branco. Com diretor mexicano, de preferência. Nome curto para grudar na cabeça. Tudo que Hollywood gosta!
__ Tem esse roteiro para um filme chamado Roma…
__ Serve!
O tempo passa. Roma perde.
__ Senhores, foi apenas nossa primeira tentativa. Agora vamos ser mais audazes. Vamos fazer produção com grandes atores! Um filme de máfia. Quem poderíamos escalar?
__ Bem, tem o De Niro, o Pesci, Al Pacino.
__ Isso mesmo. Pode contratar.
__ Qual deles?
__ Todos os três. Coloca logo o Coppola para dirigir.
__ Já aposentou. Também ia ficar muito O Poderoso Chefão…
__ Então usa o plano B.
__ Qual o plano B?
__ O Coppola série B, o Scorsese.
__ Beleza. Falta a história.
__ Não precisa.
__ Como assim?
__ Com esse pessoal? Para que história? Pega um evento real de mafioso e coloca eles no papel. Nem precisa ter a idade certa. Hollywood adora filme baseado em história real. Quero ver o Pesci chamando o De Niro de rapaz! Rá rá!
__ Ok.
__ Não é só isso. Faz um filme de divórcio também, com dois atores badalados, um Kramer x Kramer para os tempos de hoje.
__ Feito!
__ Mais alguma coisa?
__ Bem, a gente poderia fazer um filme que os personagens principais sejam atores ou diretores. Sabe como é, Hollywood adora auto-reverência.
__ Boa idéia, pega o filme do divórcio e faz do casal um diretor e uma atriz. E não esquece da lição principal!
__ Qual?
__ Tem que ser chato. Muito chato.
__ Até o da Máfia?
__ Principalmente esse. Coloca no mínimo 3 horas de projeção, para ninguém aguentar assistir. Quanto menos assistirem, melhor nossa chance.
__ Combinado!
Um dos meus esforços ao longo da semana é me libertar da prisão do dia-a-dia, de ficar preso na rotina e nas circunstâncias como acontecimentos políticos, brigas de redes sociais, discussões rasas e etc. Uma forma de fazer isso é através da cultura, buscando aquele universal que os grandes criadores nos fornecem; mas nem só de alta cultura vive o homem; sempre há tempo para a cultura popular ou cultura pop (são coisas, muitas vezes, distintas).
Nesse espaço, separo 5 notas sobre o que andei fazendo na semana. Espero que gostem!
Dois Papas (Two Popes, 2019). Uma situação curiosa. Fernando Meirelles fez um filme sobre o Papa Francisco, por quem tem admiração. Supostamente, era para ser o polo positivo, em contraste com o sisudo e sem carisma Bento XVI. Os conservadores católicos odiaram, especialmente pela visão pessimista sobre o alemão. Permito-me discordar de muita gente melhor do que eu. Intencionalmente ou não, Meirelles acabou mostrando um Ratzinger humano, com dificuldade de se comunicar além do esteriótipo que lhe foi criado. Adorei o filme.
Fleabag. Ainda estou um tanto confuso em relação ao que pensar sobre a personagem principal desta série diferente, que mostra uma mulher de 30 anos espirituosa, mas que claramente não sabe lidar com seus problemas e acaba com um comportamento auto-destrutivo. A forma como ela se relaciona com o espectador, através da quebra da quarta parede, é engenhosa.
Waste Land. T S Eliot é um dos melhores poetas da modernidade e soube captar como ninguém o vazio existencial do século XX, que só foi se revelar por inteiro em 1939. Escrito em 1922, dividido em 5 partes, este poema é uma reflexão sobre os dilemas espiritual de um mundo sem Deus, gerando o vazio que seria explorado cada vez mais pelos ídolos que surgiam, entre os quais, a política.
De Sola. Canal de humor dedicado ao futebol, com Cazé e Pedro fazendo um humor de primeira, com inteligência, captando o espírito de cada um dos grandes clubes brasileiros. O Gordinho da Vila compondo novos hinos para os clubes é sensacional.
Who is the third who walks always beside you?
T S Eliot, The Waste Land
E vocês? O que fizeram de interessante? Adoraria saber! Comentem!
Achei no mínimo curioso que o ataque iraniano não tenha feito vítimas americanas. Foram uns dez foguetes e não acertaram nada.
Quase como se o Trump tivesse passado as coordenadas. Pode atirar aqui, é uma caixa d´água. Aqui também pode, vai estar vazio. Ah, esse lugar também está ótimo.
O Irã fez uma demonstração de força para seu público interno, que deve ter outra narrativa, muito bem controlada pelo governo, claro.
O Trump tem uma desculpa para não revidar; não houve vítimas.
E todos viveram felizes para sempre.
Quer dizer, menos a mídia que bem queria uma guerrinha para ganhar audiência, ir para os holofotes e, de quebra, meter pau no laranjão.
E para os artistas que já estavam preparando seus atos pela paz mundial e, de quebra, meter pau no laranjão.
Com certeza vou escrever sobre este filme. Confesso que minha expectativa era baixa, muito por conta das críticas que li, especialmente do Bispo Barron, um dos melhores críticos culturais vivos. O Bispo reclama que o filme acerta no perfil do Papa Francisco, mas constrói uma caricatura do Bento XVI. Como sou um fã ardoroso deste último, desconfiei logo que não gostaria do filme e resisti a assisti-lo.
Pois bem, ainda bem que assisti. Desta vez discordo do Bispo. Notas para meu texto futuro:
Como é que o Flamengo consegue vender jogador por valores que muitos clubes formadores, como Vasco e Fluminense, não conseguem?
Bem, começa pela organização das finanças. Com contas em dia, o que inclui negociação responsável de dívidas, o clube pode exigir o valor das multas rescisórias enquanto outros vendem bem abaixo das multas porque estão desesperados para pagar contas e INSS. Negociar valores com a corda no pescoço, e o outro lado sabe disso, nunca foi uma boa estratégia.
Outro efeito é que tem jogador preferindo ganhar menos para jogar no Flamengo que outras grandes equipes brasileiras. Um dos motivos é saber que será pago. O próprio Flamengo sofreu isso por décadas. Como era mau pagador, tinha que pagar bem mais para trazer os bons jogadores. Gerava o ciclo vicioso. Não pagava, tomava processos, ganhava mais fama negativa, contratações cada vez mais caras. Deu no que deu.
Continuo vendo o choro de torcedores com a atual situação. Nem discuto mais. Façam o ajuste, que é dolorido, não se enganem sobre isso, pode incluir uma vista ou duas para a série B, e criem o ciclo virtuoso. A era dos gastadores que empurram as dívidas para a administração futura acabou e ainda não perceberam.
A modernidade chegou, enfim, ao futebol?