Nasce uma Estrela

Enfim, depois de quase um mês lutando para ter a net instalada em novo endereço, vi Nasce uma Estrela.

O filme é muito bom. Dos cinco que vi para esta temporada do Oscar, achei o melhor _ faltam o da KKK, o que ganhou e os das mulheres. Muito bem feito, honesto e com uma boa meditação sobre o sucesso e a música como expressão dos sentimentos.

Na essência, Jack tem um problema muito sério de comunicação, e talvez por isso mesmo o principal critério que usa para julgar a música é a letra. O arranjo é uma forma de trazer o que o artista quer expressar para o grande público.

Observem a cena que ele confronta Ally na banheira. Ele tenta dizer isso para ela, mas não consegue. Termina chamando-a de feia, o que evidentemente ele não acha. Curiosamente é o único insulto que a ofendeu. No meio da verborragia, ele tentava mostrar que o talento dela como letrista e compositora estava sendo esmagado por uma fórmula pasteurizada de sucesso. Ela estava abrindo mão de si mesma para ser popular.

Essa é a grande lição do filme. Ser verdadeiro, não importa o que digam. Ela está disposta a abrir mão de turnê, sua imagem, relação com empresário por algo que para ela tem mais valor: cuidar da pessoa que ama.

Trata-se da essência de uma história de amor e é disso que se trata o filme. O quanto estamos dispostos a abrir mão pelo que realmente amamos. E também do quanto podemos nos destruir por não saber comunicar este amor.

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