Democracia conservadora

Li ontém o artigo do Yoran Hazony na First Things, tratando do que ele chamou de “democracia conservadora”.

É um senso comum que a democracia liberal é a única alternativa ao totalitarismo, seja ele marxista ou fascista.

Para Hazony, a democracia liberal parte de 3 axiomas:

  1. A razão está disponível para todos e é suficiente para organizar a sociedade
  2. Todos os indivíduos são livres e iguais
  3. As obrigações sociais e políticas derivam de uma escolha

Qual o problema desta formulação? Não deixa espaço para as forças estabilizantes de uma sociedade (pelo menos a ocidental): Bíblia, religião, nação e família.

O resultado depois de quase um século de dominação da democracia liberal é a destruição de todos estes valores. A família está devastada, as nações perdendo sua identidade e autonomia, a religião reduzida a um culto privado, a Bíblia não mais reconhecida como uma fonte de sabedoria.

Hazony defende uma alternativa, a democracia conservara.

Uma visão que tem por base o conservadorismo ango-saxão, mas que acomoda as questões da sociedade atual. Ela toma por base os valores estabilizantes da sociedade e não os impõem, mas os respeita.

O poder político não pode ignorar as crenças profundas da sociedade sem arriscar acabar com ela. E temos que começar a questionar a democracia liberal sem que isto seja uma defesa do totalitarismo.

Aliás, temo que a forma mais segura para termos o totalitarismo e continuarmos nessa caminhada para os sonhos utópicos da democracia liberal.

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