5 razões por que Clube dos Cinco é um grande filme

Ontem assisti novamente Clube dos Cinco (The Breakfast Club), um dos meus filmes favoritos. Por que? Bem, apresento-lhes cinco razões:

  1. Trata de um dos problemas da condição humana, de nos enxergarmos por esteriótipos. Em sentido amplo, de enxergar a realidade por filtros.
  2. Uma das melhores cenas de dança do cinema. Impossível esquecer Nelson, Estevez e Hall fazendo a marchinha sobre o parapeito da biblioteca ou Hall atirando discos para o ar como um DJ.
  3. O diálogo de Vernon com Carl, que explica muito mais da educação moderna do que a maioria dos tratados sobre o assunto.
  4. A maneira como Hughes desconstrói a imagem de cada um para nos revelar um pouco do que são na realidade.
  5. Um filme que ressalta a necessidade de sermos autênticos e nos livrarmos da hipocrisia.

Se nunca assistiu, vá atrás. Um filme que dificilmente ficará datado.


Doutrinação Ideológica nas escolas?

Sobre o Escola Sem Partido, Olavo de Carvalho faz uma crítica que me parece pertinente.

Não existe doutrinação ideológica, o que exigiria dos professores uma capacidade que eles não possuem. Um dos frutos da revolução cultural gramsciana que foi promovida nas últimas décadas foi a imbecilização coletiva. Nossos professores são incapazes de entender o marxismo nem se tentassem. Encarar livros do Marx? A leitura deles está no nível Karnal de platitudes.

O que existe, e esse é o inimigo segundo Olavo, é a manipulação comportamental. A prova do ENEM é um exemplo. Exige-se que o estudante minta nas respostas para poder ter sua resposta aceita. Isso é mais problemático que doutrinação.

No fundo, a escola é um enorme processo de submissão as teses correntes da minoria pensante. A consciência individual é empurrada para o fundo da alma, para nunca mais sair. A consciência é, no fundo, a inimiga dos progressistas.

O problema na escola hoje não é de professores marxistas. Estes, na maioria das vezes, são tão caricatos e toscos que se tornam facilmente motivos para piadas. O problema é a censura que todo o sistema faz a qualquer pensamento que desperta e a consciência individual.

O movimento, portanto, deveria se chamar Escola Sem Censura.

Professores e alunos que pensam diferente do censo comum modificado que se tornou hegemônico nos anos 90 devem ter o direito de expor suas idéias.

A imagem que tenho da universidade brasileira é um grupo de alunos, instigados por professores, impedindo a exibição de um filme sobre o pensamento do Olavo de Carvalho.

É isso que tem que ser combatido.

Niilismo nas universidades?

No podcast da Gazeta do Povo sobre Olavo de Carvalho, o Martim Vasques da Cunha falou algo que não sai da minha cabeça.

Segundo ele, o problema nas universidades não é o comunismo ou o esquerdismo. A grande maioria tem essa face como um disfarce para algo mais profundo, o niilismo.

No fundo, os professores não acreditam em um sentido para a vida ou em verdades que possam nos guiar. Como lhes falta cultura, entendem essa atitude como o socialismo, mas falta-lhes estudo até para entender as noções mais básicas de marxismo.

Se o Martim estive correto, essas pessoas são niilistas, e por isso mesmo, iconoclastas. Querem a destruição de tudo que está aí e confundem um profundo desejo de caos e destruição como um pretenso desejo de um homem novo, através de uma sociedade igualitária.

Será?

Notas de Sexta: Flannery O´Connor, Greta Van Led Zeppelin, Henrique V e uma visita especial

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Olá pessoal!
Eis minha lista semanal de 5 coisas interessantes que andei fazendo (inspirado pelo Tim Ferris 5-bullets friday)

 

Um conto que li: The Peeler (Flannery O´Connor)

The Peeler (O descascador de batatas), é o primeiro conto realmente genial da Flannery. Antes, havia publicado os seis contos que escreveu como trabalho de doutorado, todos excelentes, mas é em The Peeler que ela muda de nível. Uma alegoria impressionante sobre pecado e redenção, da disputa pela alma do homem.

Um disco que andei escutando: Anthem of the Peaceful Army

O primeiro disco da banda Greta Van Fleet é uma afirmação de quem veio para ficar. A banda, que chamou atenção pelo vigor de seu rock calcado fortemente no Led Zeppelin, começa a firmar seu estilo próprio. Grande trabalho.

Uma visita: Escuela Colombiana de Ingenieria Julio Garavita

Sabem aquelas fotos da google? Amplos espaços, muito verde, limpeza, pista para caminhar e local para atividades lúdicas? Assim é esta faculdade de engenharia colombiana que fica na saída de Bogotá. Ao lado de um belo cemitério, não tem que se preocupar com vizinhos e a possibilidade de ficar encaixotada. Laboratórios modernos, estrutura de primeira linha, fiquei bem impressionado com a visita que fiz para dar uma palestra. Deu gosto de ver.

Uma peça que li: Henrique V

Acho que era a última das grandes peças históricas do Shakespeare que inda não tinha lido. Henrique V é o grande herói virtuoso do bardo.

Um pensamento

É mais fácil dar bons conselhos do que recebê-los.

Le Rouche Foucauld