Sobre o Escola Sem Partido, Olavo de Carvalho faz uma crítica que me parece pertinente.
Não existe doutrinação ideológica, o que exigiria dos professores uma capacidade que eles não possuem. Um dos frutos da revolução cultural gramsciana que foi promovida nas últimas décadas foi a imbecilização coletiva. Nossos professores são incapazes de entender o marxismo nem se tentassem. Encarar livros do Marx? A leitura deles está no nível Karnal de platitudes.
O que existe, e esse é o inimigo segundo Olavo, é a manipulação comportamental. A prova do ENEM é um exemplo. Exige-se que o estudante minta nas respostas para poder ter sua resposta aceita. Isso é mais problemático que doutrinação.
No fundo, a escola é um enorme processo de submissão as teses correntes da minoria pensante. A consciência individual é empurrada para o fundo da alma, para nunca mais sair. A consciência é, no fundo, a inimiga dos progressistas.
O problema na escola hoje não é de professores marxistas. Estes, na maioria das vezes, são tão caricatos e toscos que se tornam facilmente motivos para piadas. O problema é a censura que todo o sistema faz a qualquer pensamento que desperta e a consciência individual.
O movimento, portanto, deveria se chamar Escola Sem Censura.
Professores e alunos que pensam diferente do censo comum modificado que se tornou hegemônico nos anos 90 devem ter o direito de expor suas idéias.
A imagem que tenho da universidade brasileira é um grupo de alunos, instigados por professores, impedindo a exibição de um filme sobre o pensamento do Olavo de Carvalho.
É isso que tem que ser combatido.